Política Titulo Acordo suspenso
Sto.André perde R$ 12,9 milhões da União para asfaltar Recreio
Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
14/03/2017 | 07:53
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Celso Luiz/DGABC


O governo federal suspendeu convênio firmado com a Prefeitura de Santo André para recapeamento asfáltico no Recreio da Borda do Campo, assinado na gestão de Carlos Grana (PT). O contrato, acertado em 2015 por meio do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) 2, era no valor de R$ 12,9 milhões e previa qualificação de 18 vias. O cancelamento do acordo, que teria financiamento da Caixa Econômica Federal, se deu pela quebra de prazo para início das obras. O governo petista alegava, à época, a necessidade de executar canalização de esgoto, além de atraso na liberação dos recursos.

A autorização da Câmara ao governo petista para contrair o empréstimo ocorreu em março daquele ano, mesmo período do ajuste fiscal implantado pelo Planalto, ainda administrado na ocasião por Dilma Rousseff (PT). A tramitação do projeto no Legislativo demorou pouco mais de três meses, sendo aprovado em plenário depois de série de adiamentos e questionamentos junto ao Executivo, o que resultou em repercussão negativa do caso. A situação provocou, inclusive, o surgimento de panfletos apócrifos que acusavam os vereadores da oposição de sabotar o plano governista de pavimentação no bairro periférico do município, localizado em área de manancial.

O atual prefeito Paulo Serra (PSDB) admitiu a interrupção do acordo. Segundo o tucano, o Paço tentará recuperar o projeto de recapeamento, encaminhando nova documentação a Brasília. “Teremos que ressuscitar essa proposta que a gestão anterior praticamente abriu mão, não deu opções nem pediu prorrogação (de prazo). Hoje formalmente está perdido. O problema era começar as obras sem as ligações de água e esgoto. Teria solução técnica para isso, independentemente da ligação”, disse Paulo, ao citar agenda com a Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A) para cobrar contrapartida pelas obras do Rodoanel, que custeariam as intervenções de saneamento no local.

Procurado, Grana justificou que o “golpe jurídico e parlamentar” no País inviabilizou propostas elaboradas pelas prefeituras. “Com o golpe, os projetos foram prejudicados e não tiveram andamento.” 




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