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Lauro Michels ignora cobrança de integração

Segundo EMTU, prefeito de Diadema ainda não procurou governo estadual para debater tarifa

Daniel Macário
do Diário do Grande ABC
08/03/2017 | 07:12
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André Henriques/DGABC


Dois meses após realizar protesto em frente ao terminal central de ônibus do município contra a cobrança de tarifa de R$ 1 na integração entre os sistemas municipal e intermunicipal de transporte, paralisando, inclusive, a operação de ônibus na cidade, o prefeito Lauro Michels (PV) segue adotando lei do silêncio sobre o assunto.

Após a EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) declarar que estava aberta ao diálogo sobre a cobrança da tarifa, o chefe do Executivo tem optado por adiar a discussão do tema, atualmente parado na Justiça.

Segundo informações repassadas pela própria EMTU, nenhum contato entre a empresa e a administração municipal de Diadema sobre o tema foi feito “desde a decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo, proferida em janeiro, e que suspendeu a cobrança da tarifa de integração nos terminais Diadema e Piraporinha.”

Na ocasião, o juiz Paulo Furtado de Oliveira Filho, do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), suspendeu, em caráter liminar, a cobrança da tarifa para integração nos terminais metropolitanos de transporte coletivo, decisão que beneficia os usuários dos equipamentos Central e Piraporinha, em Diadema. Anterior à decisão do magistrado, estava definido pela EMTU a cobrança de R$ 1 para embarque nos terminais.

Procurado pelo Diário, o prefeito Lauro Michels não atendeu aos pedidos de entrevista, solicitados via assessoria de imprensa, para comentar o assunto.

Já a EMTU declarou que aguarda “definição da Justiça em relação à política de integração tarifária não somente nos terminais citados como em outros da Grande São Paulo – São Mateus, no Corredor ABD, e Capão Redondo e Campo Limpo, na Zona Sul da Capital.”

HISTÓRICO
Gratuita no município há 20 anos, a cobrança da tarifa de integração foi anunciada pelo governo do Estado como medida necessária em decorrência da crise econômica que atinge todo o País. “Os reajustes são necessários. Tivemos uma inflação acumulada, de acordo com a Fipe, de 6,54%. Em março tem a data base dos trabalhadores da CPTM e, em maio, do Metrô. Sempre há reajuste salarial. Para mantermos a qualidade dos serviços é necessário haver elevação nas tarifas”, declarou na ocasião o secretário de Transportes Metropolitano, Clodoaldo Pelissioni. 




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