A Trombose Venosa Mesenterica é uma patologia vascular isquêmica venosa, aonde em 95% dos casos a veia acometida é a mesentérica superior. De início insidioso, chega a ser responsável por dez a 15% de todos os casos de isquemia intestinal.
O mesentério é um órgão de dobra dupla do peritônio que une o intestino à parede do abdômen, sendo responsável pela sustentação e irrigação sanguínea das vísceras.
A TVM é uma patologia vascular isquêmica venosa, aonde em 95% dos casos a veia acometida é a mesentérica superior. De início insidioso, chega a ser responsável por dez a 15% de todos os casos de isquemia intestinal.
Apresenta-se de três formas distintas:
Aguda – inicialmente a sintomatologia é exuberante e desproporcional aos achados físicos, mas com rápida evolução para enfarte intestinal e perfuração com peritonite.
Subaguda – a dor abdominal persiste ao longo de dias ou semanas, mas sem enfarte intestinal pelo desenvolvimento de colaterais.
Crônica – não ocorrem sintomas durante a instalação de trombose, manifestando-se posteriormente por sinais de hipertensão portal.
A taxa de mortalidade entre os pacientes varia de 20% a 50% e a sobrevida depende de vários fatores, como idade, presença ou ausência de comorbidades e tempo entre o diagnóstico e a intervenção cirúrgica.
Fatores de risco:
Uso de anticoncepcional.
Tumores.
Policitemia vera.
Deficiência de proteína C e proteínas S.
Deficiência de antitrombina 3.
Cirurgia na região abdominal.
Pancreatite.
Hipertensão porta.
Esplenomegalia.
Doença descompressiva.
Hemoglobinúria paroxística noturna.
Infecção.
Sinais e sintomas:
Dor abdominal que pode intensificar-se após uma refeição;
Distensão abdominal;
Diarreia;
Hemorragia gastrointestinal;
Vômito.
O diagnóstico é realizado pelo médico através do histórico e exame físico, associado a exames laboratoriais e de imagens como tomografia computadorizada, angiografia, ressonância magnética e ultrassonografia das veias mesentéricas.
Saiba mais:
O uso de contraceptivos orais é responsável por 9% a 18% dos episódios de trombose mesentérica em mulheres jovens.
Três influências primárias predispõem à formação de trombo, chamada tríade de Virchow: lesão endotelial, estase ou turbulência do fluxo sanguíneo e hipercoagulabilidade sanguínea.
As manifestações clínicas dependem da extensão do trombo, do tamanho dos vasos acometidos e da invasão das camadas da parede intestinal.
Quando a isquemia é restrita à mucosa, as manifestações consistem em dor abdominal e diarreia; no caso de isquemia transmural, ocorre necrose com sangramento gastrointestinal, perfuração e peritonite.
A apresentação clínica clássica é dor abdominal tipo cólica em mesogástrio; náusea, vômito, anorexia e diarreia.
Hematêmese, melena ou hematoquezia ocorre em 15% dos pacientes e sangramento oculto ocorre em 50% dos casos.
Cerca de metade dos pacientes tem história pessoal ou familiar de trombose venosa profunda ou embolia pulmonar.
O tratamento imediato, antes de haver necrose intestinal, pode levar a uma boa recuperação.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.