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Candidatos se dizem lesados por agência de empregos
Daniel Tossato
Do Diário do Grande ABC
16/02/2017 | 15:15
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Divulgação


Candidatos que participaram de processo seletivo e compraram um curso, com suposta promessa de uma vaga de emprego após a finalização da aula, afirmam que foram lesados por agência de empregos, localizada no Centro de Santo André. O curso teve carga horária de sete horas e cada inscrito desembolsou R$ 300 para participar da atividade.

Segundo o desempregado Victor Vinícius Lima, 24 anos, tudo começou quando ele e Ricardo Arruda Junior, 21, também na busca por uma oportunidade de emprego, distribuiram currículos pelo Centro da cidade em janeiro. Passados alguns dias, a agência, que eles acusam de prometer vagas, entrou em contato pedindo que comparecessem ao escritório para conversar sobre supostas vagas de trabalho.

Genisa Araújo, 40, também investiu na possibilidade para que o filho conseguisse um emprego. “Eram os únicos R$ 300 que tínhamos. Estávamos decidindo se pagaríamos as contas ou se pagaríamos o curso para que meu filho trabalhasse”, explicou. Segundo Genisa, uma vaga também foi prometida para seu filho, o que também não foi concretizado.

O imbróglio aumentou quando as oportunidades, supostamente prometidas, não foram concretizadas, o que levou os candidatos de volta à sede da agência para tentar entender o que aconteceu. Foi quando foram informados que não havia promessa de emprego. Houve desentendimento entre as partes envolvidas e a namorada de um dos candidatos, que o acompanhava, foi agredida por uma funcionária da agência. O caso, então, foi parar na 1º DP (Centro) de Santo André.

Laisa Gomes, 25, uma das responsáveis pela agência explicou que em nenhum momento vagas de emprego foram prometidas. “Há um contrato que todos os candidatos têm acesso e assinam. Não existe uma cláusula indicando a promessa de vagas”, explicou. Ainda conforme Laisa, a agência está em Santo André há dois anos, mas já operou na Praia Grande, na Baixada Santista.

A responsável também relatou que o escritório tem parceria com algumas empresas e que indica os candidatos às vagas que possam aparecer, cabendo o concorrente comparecer à entrevista sem que exista a garantia de contratação. O Diário procurou uma das empresas citadas como pertencentes à suposta parceria, mas a entidade negou o fato informando que não possui qualquer tipo de cooperação com agências de emprego. A companhia também explicou que recebe currículos exclusivamente em sua sede e pelo site.

A polícia instaurou inquérito para apurar a agressão sofrida pela namorada de um dos candidatos que compareceram à agência e escutará os envolvidos.




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