Quando a empresa chegou à localidade, nos anos 1960, as famílias já moravam ali. Elas reclamam que a companhia quer expandir sua posse. "Ela reconhece que a gente é dono disso aqui, mas não deixa de perseguir", afirma Messias Afonso Veloso, marido de Zelu, um ex-tropeiro de 77 anos.
O jornal O Estado de S. Paulo procurou a direção da Liasa em Belo Horizonte e Pirapora, mas a empresa não quis se pronunciar. O escritório de advocacia que atende a empresa na capital mineira afirmou que o processo envolvendo a Liasa e as famílias é de sigilo empresarial.
A Cemig informou que Messias fez três pedidos de luz. Nos dois primeiros, em 2009, faltaram informações. Em 2012, foi apurado que o atendimento era "irregular", pois constava que ele e demais solicitantes eram "posseiros". A Liasa apresentou uma escritura da terra à Cemig e carta negando "servidão de passagem" para levar luz às casas. A condição de "posseiros" não impediu que a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba instalasse caixas d?água nem que a prefeitura de Buritizeiro abrisse escolinha na comunidade - hoje fechada.
Segundo o Ministério de Minas e Energia, desde 2014 a Agência Nacional de Energia Elétrica considera que a energia está "universalizada" na região. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.