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Seta Atacadista começa a pagar funcionários em abril

Empresa vai parcelar em 10 vezes valor devido; sindicato quer negociar parte em mercadorias

Gabriel Russini
Especial para o Diário
15/02/2017 | 07:02
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Claudinei Plaza/DGABC


O Seta Atacadista, rede que mistura atacado com varejo, vai começar a pagar na metade de abril os cerca de 350 funcionários demitidos das sete lojas do Grande ABC. As verbas rescisórias, a multa por atraso e os valores em haver do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), porém, serão parcelados em dez vezes.

Dispensadas em janeiro, cerca de 20 pessoas se manifestaram ontem em frente ao Seta da Av. Barão de Mauá, a fim de tentar acelerar o processo de pagamento. Além disso, sem a baixa na carteira de trabalho, eles não têm acesso ao seguro-desemprego.

Há grupo que terá prioridade no recebimento, composto por cerca de 100 pessoas: grávidas, quem paga pensão alimentícia e aqueles que têm pouco tempo de casa.

Segundo a diretora do Secabc (Sindicato dos Comerciários do ABC), Marli Andrade Faria, ninguém é obrigado a aceitar o que foi proposto pela empresa. “Cada trabalhador é um caso, são valores diferentes, realidades diferentes, estamos apenas na intermediação, quem decide são eles.”

A ex-repositora Evelyn Casemiro, 30 anos, não aceitou o que foi proposto. “Já procurei advogado, é um absurdo com a gente ficar um tempão sem receber”, desabafa. Em contrapartida, a ex-assistente administrativa Gisele Oliveira Domingues, 28, não vê outra alternativa a não ser esperar. “Não tenho outra escolha, preciso desse dinheiro.”

O vice-presidente do Secabc, Cristino Santos. conta que está negociando com o Seta a possibilidade de, em alguns casos, reverter 25% da rescisão em mercadorias para os empregados que mais precisam. Procurado pelo Diário, o atacarejo não se manifestou até o fechamento desta edição. 




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