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Mauá aguarda reativação de IML há duas décadas

Promessa era a de que unidade seria
instalada no Jardim Santa Lídia em 2014

Vanessa de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
10/02/2017 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


A espera por unidade do IML (Instituto Médico-Legal) em Mauá se arrasta há quase 20 anos, tempo em que o posto até então existente na cidade foi desativado – em 1998. Desde esse período, todo o atendimento do município e também de Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra foi transferido para o espaço de Santo André.

A situação sobrecarregou a unidade do IML andreense, que registra maior média mensal de necrópsias entre os três postos hoje instalados na região: 87 procedimentos. Já São Bernardo realiza 46 e Diadema, 29, segundo dados passados ao Diário pela SSP (Secretaria de Segurança Pública) do Estado.

O Estado avalizou, em setembro de 2013, a área para abrigar o equipamento – na Rua dos Andradas, em terreno adjacente ao Cemitério Jardim Santa Lídia, de 1.750 metros quadrados. O secretário estadual de Segurança Pública na ocasião, Fernando Grella Vieira, chegou a revelar que a unidade estava prevista para ser inaugurada no primeiro semestre de 2014, após a finalização do concurso que aumentaria em 64% o efetivo da Polícia Técnico-Científica, sendo que parte dos profissionais viria trabalhar em Mauá. No entanto, o projeto para o território mauaense não avançou.

Em visita ao Consórcio Intermunicipal do Grande ABC ainda em 2013, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) autorizou a implantação de Poupatempo em Diadema, Mauá e Santo André (todos já em funcionamento) e anunciou a instalação do IML e do Instituto de Criminalística em Mauá. O investimento para ambos somaria R$ 2 milhões.

O Consórcio Intermunicipal do Grande ABC intermediou, por algumas vezes, a discussão sobre a instalação do IML em Mauá. Procurada para comentar se a intervenção se mantém, a entidade regional declarou que esta questão não esteve na pauta das reuniões do GT (Grupo de Trabalho) Segurança Pública no último ano. “Neste momento, o GT passa por reestruturação, com novos integrantes indicados pelas administrações municipais. A discussão sobre o tema pode ser retomada a partir da primeira reunião da nova composição do grupo, que deve ocorrer neste mês”, afirmou, em nota.

RETOMADA

O prefeito Atila Jacomussi (PSB) disse que retomará a discussão junto à SSP. “Quando deputado estadual, estive com o secretário de Estado falando sobre essa reivindicação e terei nova agenda com ele em março para discutir, entre outras coisas, esse assunto”, comentou.

O chefe do Executivo falou ainda que, independentemente dos avanços do IML, pedirá à SSP convênio para auxiliar na implantação do SVO (Serviço de Verificação de Óbito), que avalia a causa da morte desconhecida e que funcionaria em prédio ocupado pela administração do serviço funerário, dentro do cemitério Jardim Santa Lídia. “Isso já vai ajudar a diminuir a demanda do IML de Santo André, pois mais de 80% das mortes são de causas naturais e os corpos serão liberados no município”, concluiu Atila.

A Superintendência da Polícia Técnico Científica informou que estuda constantemente ampliação e a melhoria de unidades do IML e do IC, o que depende de disponibilidade orçamentária.




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