Uma das principais reclamações da população de Santo André, a intermitência no abastecimento de água, está solucionado a partir de hoje, segundo o prefeito Paulo Serra (PSDB) e dentro do prazo que ele havia estabelecido, de resolver a situação dentro de 30 dias. De acordo com o chefe do Executivo, o feito foi conseguido após intervenções contra perda de água, além de investimento na compra de aparelhos para ampliar o volume do recurso liberado às residências.

Com isso, a cidade atinge agora a pressão de 1.350 m³ por segundo, valor necessário para normalizar a chegada do líquido nas torneiras, garante o tucano. “Quando assumimos, (a pressão) eram 800 m³ por segundo”, lembra Serra, acrescentando que, no mês passado, já havia sido possível aumentar, passando para 1.100 m³ por segundo.

Para chegar ao ponto que a cidade necessitava para enfrentar a falta d’água, o prefeito explicou que foi criada comissão em parceria com a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), na qual técnicos da empresa, junto à equipe do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André), identificaram problemas na rede e conseguiram consertar mais de 40 vazamentos.

“Também instalamos quatro redutores de pressão e, a partir da 0h de amanhã (hoje), a rede estará preparada para receber esse aumento de pressão, que vai fazer com que a gente resolva o problema de falta d’água”, ressaltou, acrescentando: “Em alguns bairros, pontualmente, pode acontecer (de faltar água) e, aí, peço a colaboração das pessoas que comuniquem o Semasa.”

Na instalação dos redutores de pressão, o investimento foi de R$ 100 mil. Já para o conserto dos vazamentos, o prefeito pontua que ainda não há o fechamento do custo, já que a operação de identificação do problema – iniciada na sexta-feira – vai até o fim do mês.

Serra declarou que a autarquia chegava a receber 300 reclamações de falta d’água por dia e, agora, a média tem sido de dez queixas diárias. “A tendência é que isso fique bem próximo de zero”, projetou.

DÍVIDA

A quitação dos débitos da Prefeitura de Santo André junto à Sabesp é assunto que será retomado a partir de agora, conforme o prefeito. O valor é estimada pelo órgão estadual em R$ 3,4 bilhões.

“Não aceitamos discutir a dívida enquanto o problema do fornecimento não fosse resolvido. A partir de segunda-feira, a gente, medindo que o abastecimento está normalizado, vai iniciar diálogo para tratar a questão”, conclui Serra.