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Usuários de drogas ainda trazem problemas

Usuários de
drogas ainda
trazem problemas

Daniel Tossato
Do Diário OnLine
21/01/2017 | 09:51
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Denis Maciel/DGABC


Problema que atormenta os moradores da região, a situação dos usuários de droga que ficam debaixo do Viaduto Dom Jorge Marcos de Oliveira, na Vila Guiomar, em Santo André, ainda aguarda uma resolução.

A equipe do Diário esteve na tarde desta sexta-feira no local para apurar qual era a situação da pequena população que vive abrigada no viaduto e o que como os moradores vizinhos estão convivendo em meio ao clima de insegurança.

Por se tratar de usuários de drogas, o local está totalmente degradado. Há lixo por toda parte, o que cria um ambiente insalubre para quem vive por ali. Mais que isso, muitos relatos de violência e criminalidade também estão atrelados ao viaduto.

“Fico com receio de passar naquela região. Como uso o veículo para trabalhar, tento evitar a área”, explicou o taxista Rafael Pereira Gomes, 30 anos. Para o motorista, a situação engloba questões de segurança, saúde e social. “Eles utilizam o viaduto para usar drogas, acredito que devam ser recolhidos e levados para algum tipo de tratamento”, disse.

No período em que a equipe do Diário esteve no local, cerca de 12 usuários se abrigavam no viaduto. Uma mulher que também vive ali está grávida, aparentando três ou quatro meses de gestação. Chama a atenção o número de barracas improvisadas que foram construídas pelos próprios usuários.

“Sei que a situação é complicada, mas se eles só ficarem ali debaixo do viaduto não tem problema”, explicou Leonardo Fernandes, vizinho da região. Fernandes também entende que a questão abrange mais do que apenas segurança e sugere que uma das alternativas é a retirada dos usuários de lá. “Hoje eles estão tomando os dois lados do viaduto. Mais um pouco vai ficar igual a Cracolândia (região central na Capital que é conhecida pelo acúmulo de usuários)", concluiu.

Em nota, a Prefeitura de Santo André informou que o prefeito Paulo Serra (PSDB) tem como projeto de inclusão social oferecer vagas de emprego para estes vulneráveis sociais. Apesar de estar em fase de elaboração, a Administração não especificou quando essa ação poderá ter início.

A Secretaria de Cidadania e Inclusão Social salientou que aborda as pessoas nesse tipo de situação. Tal serviço é realizado pelo município em conjunto com a ONG APOIO, que conta com 16 educadores sociais que percorrem a cidade. Os usuários que aceitam a abordagem podem ser encaminhados ao Centro POP (Casa Amarela) onde terão alimentação, banho, atendimento com assistência social e psicológica. A secretaria frisa, porém, que nos casos de usuários de drogas eles raramente aderem ao tratamento.

A Administração explicou que realiza patrulhamento preventivo quando necessário e que o departamento de segurança está em fase de análise do local e dialogando com demais secretarias para tentar solucionar o problema, assim como a criação de diálogo entre a Polícia Militar e a Guarda Civil Metropolitana. 




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