Política Titulo São Bernardo
Oposição pede que Morando reduza seu salário

Julinho lembra que tucano foi contra alta dada por Marinho; vencimento é de R$ 30,6 mil

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
18/01/2017 | 07:33
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O vereador Julinho Fuzari (PPS) protocolou ontem ofício no gabinete do prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), sugerindo ao tucano que abra mão do aumento salarial concedido pelo ex-prefeito Luiz Marinho (PT) aos cargos de chefe do Executivo, vice-prefeito e secretários municipais.

Em abril, Marinho bancou projeto de lei que majorava em 19,61% seu próprio vencimento, passando de R$ 25.604,69 para R$ 30.625,77 mensais, com base no índice aplicado aos funcionários em acordo com o Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos). No mesmo texto, foram reajustados os contracheques do vice (de R$ 12,8 mil para R$ 15.312,90) e dos integrantes do primeiro escalão (de R$ 19.216 para R$ 22.984).

Segundo o popular-socialista, o pedido caminha na direção da austeridade implementada por Morando desde que assumiu a Prefeitura, em 1º de janeiro – dentre as medidas para economia de custos estão corte de comissionados, redução de secretarias, fim do celular corporativo e carros oficiais e congelamento do Orçamento.

“O atual prefeito defendeu, por nota, que não houvesse esse aumento. Inclusive aplaudiu a bancada do PSDB, que, juntamente conosco, votou contra esse projeto na época. Esperamos que não fique só no discurso e que ele (Morando) possa corrigir um erro do prefeito do PT (Marinho)”, sustentou Julinho.

No ofício, além de revogar a lei que concedeu aumento aos cargos de prefeito, vice e secretários, Julinho sugere que Morando mantenha o valor dos contracheques congelado por quatro anos. “Cabe ressaltar que hoje o salário do prefeito de São Bernardo é o segundo maior de político do País, com vencimentos maiores do que o do prefeito da Capital, maior que o do governador do Estado e só menor do que o do presidente da República”, escreveu.

Julinho faz parte da bancada de oposição a Morando na Câmara, tendo apoiado o deputado federal Alex Manente (PPS) na eleição de outubro. Na ocasião da votação do reajuste do salário do chefe do Executivo, metade da Casa aprovou a medida, quantidade suficiente para que o texto pudesse ser sancionado. 




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