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Câmara de Diadema segura rescisão de ex-assessores

Presidente Marcos Michels alega que parlamentares que deixaram Casa não devolveram celulares

Por Raphael Rocha
Junior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
14/01/2017 | 07:00
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Orlando Filho/DGABC


A Câmara de Diadema decidiu segurar o pagamento da rescisão dos assessores dos vereadores que deixaram a Casa em dezembro, ou porque perderam a reeleição ou porque se candidataram a cargos no Executivo na eleição de outubro. O Diário apurou que, até ontem, os servidores exonerados ainda não haviam recebido seus direitos, que incluem rescisão, férias, 13º salário proporcional e até licença-prêmio para alguns servidores. O que se comentava nos corredores do Legislativo é que o presidente da Casa, Marcos Michels (PV), teria informado aos funcionários que a Câmara passaria por contenção de gastos e que a prioridade seria pagamento do pessoal na ativa.

Ao todo, dez vereadores deixaram a Câmara, somando cerca de 70 assessores (são sete por gabinete) exonerados. José Dourado, José Augusto da Silva Ramos (ambos do PSDB), Reinaldo Meira (DEM), José Antônio da Silva, Lilian Cabreira (ambos do PT) e Zezito (PPS) não conseguiram renovar seus mandatos. Outros três parlamentares integraram a disputa pelo Paço: Manoel Eduardo Marinho, o Maninho, foi prefeiturável pelo PT (ficou em terceiro lugar) e Vaguinho do Conselho disputou pelo PRB, com Cida Ferreira (PMDB) de vice – ficaram em segundo. Já o parlamentar Milton Capel (PV) abdicou da reeleição e indicou o filho, Rodrigo, que foi eleito.

Procurado, Marcos Michels confirmou que a Casa havia segurado o pagamento da rescisão dos ex-assessores. Alegou, porém, que a decisão se deu porque alguns parlamentares terminaram o mandato e não devolveram celulares corporativos e até notebooks, patrimônios da Casa. “Não foi uma decisão minha, mas dos setores jurídico e administrativo da Câmara. É uma prática que foi adotada em outras gestões porque, antes, vereadores saíam e não devolviam os aparelhos”, explicou o verde.

Outro impasse envolvendo o pagamento de servidores da Câmara ocorreu no decorrer desta semana. Marcos admitiu que houve problemas com depósito do vale dos funcionários, que deveria ser efetuado até ontem. Segundo o socialista, como assumiu recentemente a Casa, houve falhas no cadastramento da sua assinatura junto à Caixa Econômica Federal – gestora das contas do Legislativo de Diadema –, o que impediu as transferências.

Também tiveram problemas para receber servidores recém-contratados, que atuam nos gabinetes dos novos vereadores. Todos os pagamentos foram feitos em cheque.

Quando foi eleito presidente do Legislativo para o biênio 2017-2018, Marcos Michels prometeu adotar medidas de austeridade à frente do Legislativo, como corte de gastos com gasolina, celulares e cargos comissionados. 




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