Final de ano é sinônimo de enfeites espalhados pela casa, árvore repleta de adereços e luzes coloridas. O pisca-pisca, assim como qualquer outro ornamento elétrico, necessita de cuidados extras para que não haja qualquer tipo de acidente.

O primeiro passo para quem deseja decorar ambientes externos, como portões e jardins, é certificar-se de que as luzes são apropriadas para serem utilizadas no lado de fora da casa. “A grande maioria não serve para ambientes externos, ou seja, não pode pegar chuva, umidade e nem ser enrolada em grades, já que qualquer fio que esteja descascado pode dar choques ao entrar em contato com o ferro”, diz Rubens Leme, coordenador de usos finais da energia da AES Eletropaulo.

A indicação do uso precisa estar impressa na embalagem, assim como a tensão, potência, nome do fabricante e origem, além de possuir plug que atenda às normas brasileiras. O selo do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) é imprescindível quando se fala em procedência e qualidade do produto.

Após feita essa checagem, é importante saber também como manusear as lâmpadas. Não é recomendado dobrar os pisca-piscas. “Tentar sempre contornar portas e janelas e não deixar que o fio fique danificado ou preso em qualquer outro lugar.”

Dentro de casa, na própria árvore é preciso evitar que haja qualquer tipo de enfeite metálico. “Se tiver fio desencapado, pode deixar a árvore energizada e provocar acidente.”

Tanto internamente como externamente, para ligar as luzes, é recomendado evitar adaptadores estilo benjamin. “É bom não usar, mas caso não tenha outra opção pode ser utilizado se os equipamentos ligados forem de potência baixa, como um rádio-relógio e o pisca-pisca. O mais indicado é o uso da régua que, por ter um fusível, garante uma proteção a mais”, conta Leme.

Consumo
Quem pretende decorar a casa inteira deve se atentar aos tipos de lâmpadas disponíveis no mercado. As luzes de Led, além de terem uma durabilidade maior do que as convencionais, ainda possuem um consumo menor de energia, o que será refletido na conta no final do mês.

“Um pisca-pisca com luz tradicional tem 100 lâmpadas e consome cerca de 35 watts. Já o de Led, com a mesma quantidade de luzes, utiliza cinco watts. Ou seja, sete vezes a menos. Se fizer uma média de que as luzes ficariam ligadas durante 10 horas por dia, em 30 dias, o valor a mais na conta de luz será entre R$ 6 e R$ 7 reais no pisca convencional e R$ 1 no de Led”, explica Leme.

Apesar dos cuidados, caso haja um curto-circuito que provoque incêndio, é preciso acionar o Corpo de Bombeiros. “Se for uma coisa pequena e controlável como, por exemplo, a queda de um disjuntor quanto for ligar algum aparelho elétrico, é necessário chamar um eletricista para conferir se a instalação da casa não está prejudicada”, finaliza o especialista da Eletropaulo.