A cerca de 250 metros do arco, que caiu parcialmente, próximo ao local onde houve o choque de dois caminhões, serão necessários trabalhos de consolidação para possibilitar a retirada de novas vítimas, afirmou o chefe dos bombeiros no local, Bruno Winkler.

Os trabalhos de consolidação devem durar cerca de 24 horas, segundo o chefe dos bombeiros, antes que a polícia comece a examinar cada um dos 100 veículos danificados no acidente.

Cento e vinte pessoas ainda não tinham dado sinal de vida a seus familiares, 48 horas depois do acidente, segundo a polícia do povoado de Airolo (Sudeste). O número de vítimas pode aumentar, segundo a rádio suíça.

"Em relação aos desaparecidos, temos uma lista de 120 pessoas. Entretanto, devemos ressaltar que este número tem flutuado, de 200 na quarta-feira, para 80 na quinta-feira de manhã, 140 na quinta à noite e 120 agora", disse o comandante da polícia de Tessin, Romano Piazzini.

Na quinta, ele tinha afirmado que as pessoas não se encontravam necessariamente no túnel. Entre os 11 mortos estão quatro alemães, um italiano, dois franceses e um suíço, afirmou Piazzini.

Os socorristas esperam retirar nesta sexta vítimas dos restos dos caminhões responsáveis pelo acidente, que aconteceu a mais ou menos um quilômetro da saída sul do túnel, próximo de Airolo.

O túnel de São Gotardo encontra-se na principal estrada norte-sul da Suíça, que une a Alemanha e Itália. É formado por uma só galeria de circulação bidirecional e uma galeria de socorro paralela, em comunicação com a primeira, por comportas situadas a cada 250 metros.

Até o acidente, o túnel era considerado muito seguro, tanto pelas autoridades suíças como pela Adac, associação automobilística alemã. O acidente reativou a polêmica sobre cavar ou não um segundo túnel.

O governo é partidário do desenvolvimento do transporte ferroviário. Com esse objetivo, dois túneis gigantes estão sendo construídos, um de 57 km sob São Gotardo e outro de 35 km sob o Loetschberg.