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Federação lança campanha contra mosquito Aedes aegypti
Marília Montich
Do Diário OnLine
05/12/2016 | 08:01
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Divulgação


A FEHOESP (Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo) lançou campanha para identificação, diagnóstico e controle das doenças disseminadas pelo mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. A ação visa alertar tanto a classe médica como a população em geral para a prevenção das doenças e os perigos da automedicação.

Ao todo, 47 mil serviços de saúde privados estão atrelados à federação e são alvos da campanha. Só no Grande ABC são 2.808 equipamentos, entre hospitais, clínicas, laboratórios, casas de repouso e consultórios de odontologia.

A ideia central é disseminar a necessidade de exterminar os focos do Aedes. Para os serviços de saúde da rede privada, há a preocupação ainda de transmitir informações sobre identificação de casos suspeitos e o procedimento que deve ser adotado. O foco da campanha são as redes sociais – Instagram e Facebook -, Youtube, portal da própria FEHOESP e e-mail para classe médica, sempre em linguagem simples e acessível a todos os públicos.

“Esse trabalho surgiu da constatação de que a grande arma que temos contra a tríplice epidemia causada por um único vetor, que é o mosquito, é a informação. A grande maioria dos focos está nas casas das pessoas, que ou negligenciam as informações ou simplesmente não as têm. Por isso, esclarecer se tornou fundamental para que a gente consiga minimizar essa epidemia”, afirma Yussif Ali Mere Júnior, médico nefrologista e presidente da FEHOESP. Segundo ele, a campanha visa potencializar as ações já realizadas pelo governo federal.

A campanha de orientação no que diz respeito aos serviços de saúde pretende agilizar a identificação, tratamento e controle das doenças, já que boa parte da população não recorre ao SUS (Sistema Único de Saúde), mas aos hospitais privados por meio de seus planos de saúde. As semelhanças entre os vírus da chikungunya, zika e dengue e de alguns dos seus sintomas dificultam a criação de testes precisos e podem causar confusões quando o diagnóstico é feito somente por avaliação clínica. Daí a necessidade do esclarecimento aos hospitais, médicos e paramédicos.

Para Júnior, é possível afirmar que há certa deficiência no sistema de saúde privado quanto à identificação e tratamento de doenças relacionadas ao mosquito. “Em princípio, essa lacuna não deveria existir, mas nós não temos preparação adequada nem dos serviços e nem da população para enfrentar epidemias e não sabemos o tamanho do problema que teremos pela frente neste próximo ano”, lamenta.

A ação da FEHOESP não engloba, em um primeiro momento, oferecimento de cursos a seus associados, mas a hipótese não é descartada até o final do verão, prazo de encerramento da campanha.




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