Política Titulo Editorial
O passivo da Saúde
Do Diário do Grande ABC
04/12/2016 | 10:03
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Aline Pietri/DGABC


Raio X nas obras de Saúde projetadas para o Grande ABC mostra cenário desolador. Treze intervenções destinadas a garantir a qualidade de vida dos moradores da região foram simplesmente abandonadas ou estão com o cronograma de construção em atraso. As deficiências ampliam os problemas da área em seis das sete cidades – Rio Grande da Serra é a única livre da deficiência.

As justificativas para a não conclusão das obras no prazo inicialmente acertado variam bastante. Vão desde o absurdo e injustificável erro no projeto, como pode ser observado no prédio que deveria abrigar a Unidade de Saúde da Família do Jardim Santo André, na cidade de mesmo nome, até o comum, mas nem por isso menos irresponsável, argumento da falta de repasse de verbas devido à crise financeira que engole o Brasil.

Por trás das desculpas escondem-se a inconsequência e o amadorismo dos gestores públicos do País. Aonde estão os mecanismos de controle e acompanhamento de obras que só detectaram a “falha de projeto” no momento em que o prédio estava irremediavelmente condenado? E que mania é essa de começar a execução de um plano sem antes ter reservado o orçamento necessário para a sua conclusão?

A verdade é que os 13 esqueletos que atualmente comprometem a assistência básica de Saúde aos moradores do Grande ABC também representarão dor de cabeça extra aos prefeitos que, eleitos em outubro, tomam posse no dia 1º. Eles herdarão a ineficiência e a incompetência dos antecessores e terão de administrar o passivo, sob risco de integrarem o rol dos gestores descomprometidos com a eficiência pública.

O ideal é que, ao se sentarem na cadeira de chefe do Executivo, os futuros prefeitos determinem amplo levantamento no cronograma de obras que estão inconclusas e assumam o compromisso de terminarem as que forem possíveis. Sempre com o propósito de melhorar os equipamentos de Saúde à disposição de população. 




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