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Turbinemos o bom e ele será melhor!
Do Diário do Grande ABC
03/12/2016 | 10:46
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Artigo

Em agosto de 2003 a Secretaria da Educação de São Paulo iniciou o Programa Escola da Família. A ideia foi abrir todas as unidades de ensino públicas estaduais nos fins de semana para atividades a serem desenvolvidas pelos alunos, professores, funcionários, pais, vizinhos e toda a comunidade. Veio em seguida o Programa Bolsa Universidade, para fazer com que os universitários oferecessem a sua boa vontade aos sábados e domingos para fazer funcionar esse encontro do entorno e dentro da escola.

Isso já acontece em muitos países, a maior parte deles em situação muito melhor do que o Brasil nas avaliações de desempenho do alunado. Pois ao tornar a escola o centro de convergência dos interesses da comunidade, ela passa a de fato pertencer à população. Esta será a maior zeladora, a melhor cuidadora da escola e de seus equipamentos. E a presença nos fins de semana é a prova de que pais e vizinhos se apropriaram daquele espaço e o consideram seu.

Ao chegar aos seus 13 anos ininterruptos, o Programa Escola da Família mostra quadro animador: 220 mil educadores universitários beneficiados, com 766 milhões de participações registradas. Participam ativamente 39 mil educadores profissionais e 206 mil voluntários. Sim, pois o voluntariado é um dos pontos altos dessa iniciativa.

É gratificante encontrar professores aposentados a treinar alunos para as Olimpíadas de Matemática, ou para aprofundar conhecimento, ou para elucidar dúvidas. Ou mesmo para contar histórias, fazer um ‘projeto de vida’ adaptado para os fins de semana ou oferecer um ombro amigo para o relato de angústias e vicissitudes que atormentam a todos, inclusive aos jovens.

Nesse período, 37,8 milhões de atividades foram realizadas em 2.300 escolas em todo o Estado. Mas é preciso mais. Precisamos trazer mais voluntários, celebrar parcerias com a iniciativa privada, com a universidade, com as igrejas, com entidades de classe, associações profissionais, clubes e mídia.

Os quatro eixos da organização da Escola da Família permitem protagonismo bem relevante: Cultura, Esporte, prevenção à saúde e geração de renda. É justamente disso que o Brasil está a necessitar, no desafio missionário de mostrar à criança e à juventude que elas não estão abandonadas, mas que a lucidez responsável deste País está atenta para as necessidades prementes do ensino público.

É patriótica a resposta positiva ao apelo que os profissionais da Educação fazem a todos os brasileiros de boa vontade que possam alavancar a Escola da Família. Ela já deu certo. Mas se pudermos turbiná-la, ela ficará ainda melhor.

José Renato Nalini é secretário da Educação do Estado de São Paulo.

Palavra do leitor

Horror
Vendo as imagens das depredações em Brasília, não dá para esquecer do vandalismo provocado pelas palavras do inominável ex-presidente no início dos movimentos sindicais, no entorno do Estádio de Vila Euclides, em São Bernardo: a turba enfurecida saía das reuniões destruindo tudo o que havia pela frente, obrigando o comércio a baixar as portas. Por que agora seria diferente? Depois de saborearem as delícias do poder, e tendo sido apeados, voltam com a fúria que lhes é peculiar, usando a massa de manobra amestrada nos últimos anos. Será que alguém terá coragem de enquadrar esses bandidos e exterminar esse horror?
Aparecida Dileide Gaziolla
São Caetano

Esperança
Todos sabemos que nada acontece por acaso, e que tudo sempre oferece dois pontos de reflexão, sendo sempre um deles adequado para nosso desenvolvimento humano. Na terça-feira, o Brasil foi acordado com o fim trágico de um conto de fadas, com uma cidade inteira e – por que não? – até dois países envolvidos na tentativa de achar os porquês desse desfecho. Hoje, com os sentimentos resfriados, aparecem muitas lições. A pior parece ser que a causa real do acidente é a avareza humana, refletida em vender a segurança por mísera economia de combustível. A segunda é que da noite para o dia descobrimos que a cidade de Medellín, antes conhecida apenas pelo tráfico internacional de drogas, guardava em seu íntimo um povo que fez dele a nossa dor, e ofereceu, em atitudes das mais nobres, os ombros e o coração para consolar nossa Nação.<EM>
Ruben J. Moreira
São Caetano

Vampiros
A grande tragédia ocorrida com a Chapecoense, consternando o mundo todo, não abalou nossos ‘nobres, valorosos’ e insensíveis parlamentares. Pelo contrário. Autobeneficiaram-se com tanta tristeza. Como vampiros que são, usaram o momento como biombo e na calada da noite, traiçoeira e covardemente, ‘aprovaram’ medidas contra corrupção propostas pelo Ministério Público, mas totalmente descaracterizadas. Em benefício próprio mudaram tudo. E não é só. Com a maior cara de pau do mundo, contra os anseios da Nação, já haviam aprovado por unanimidade projeto que nos impede de assistir ao vivo julgamentos de colegas corruptos (pleonasmo) transmitidos pela TV Justiça. É o fim da picada! Para eles, não basta o vergonhoso foro privilegiado. Querem que os homens das capas pretas, como os morcegos, não se exponham à luz para que eles, os vampiros da noite, no Senado e na Câmara, liderados por seus Dráculas, continuem sugando nosso sangue.
Nilson Martins Altran
São Caetano

Nada probos
Se aplicarem o teste de integridade no Congresso Nacional não haverá quórum para lotar uma Kombi. A que ponto chegamos!
Claudio Juchem
Capital

Sem noção
Parece que alguns deputados federais, senadores e no STF, em relação ao que sente a população, perderam a noção da sensibilidade e perigo! Senhor Renan Calheiros, o julgamento no STF foi feito por juízes ou juízecos?
Tânia Tavares
Capital

Memória
Apesar da chuva fina, tive manhã memorável dia 30, porque, às 9h30, ‘batateiros’ e alguns ‘ceboleiros’ reuniram-se na Praça Lauro Gomes, em São Bernardo, em frente ao busto do nobilíssimo Wallace Cochrane Simonsen (1884-1955), para comemorar a data do decreto lei 14.334 de 30 de novembro de 1944, que elevou novamente o então distrito de São Bernardo à categoria de município, o que de fato aconteceu a partir de 1º de janeiro de 1945. Essa data é muito significativa para os ‘batateiros’, porque graças ao apoio do atuante Wallace Cochrane Simonsen, que liderou grupo de emancipadores e conseguiu – com sua influência política – tornar novamente em município esta pujante cidade. Parabenizo o valoroso ‘batateiro’ Vicente D’Ângelo, pertinaz pesquisador da memória regional, que sugeriu ao escritor e jornalista Ademir Medici, incansável paladino em prol da nossa combalida memória, se encontrarem em frente do busto do ilustre político, que deixou marcas indeléveis entre nós, nesta data tão significativa.
João Paulo de Oliveira
Diadema 




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