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Governo argentino nega intenção de antecipar eleições
Das Agências
06/05/2002 | 11:35
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O governo argentino negou nesta segunda-feira que tenha previsto antecipar as eleições marcadas para 14 de setembro de 2003 se não conseguir impor esta semana uma série de medidas econômicas exigidas pelo FMI, apesar de os analistas estimarem que isto acontecerá em breve.

O novo ministro do interior, Jorge Matzkin, sustentou nesta segunda-feira que uma eventual convocatória antecipada das eleições "não aparece nem na posição número 100" entre as hipóteses do presidente Eduardo Duhalde.

"Não vemos que seja necessário, nem conveniente. Pensamos que o país tem outras urgências", assinalou Matzkin em declarações às rádios locais.

O chefe de gabinete, Alfredo Atanasof, disse que a proposta de antecipar as eleições em meio à pior crise econômica do país "de maneira alguma vai melhorar a situação do país e dos argentinos".

O governo argentino enfrenta uma semana chave na que deverá conseguir que o Parlamento aprove alterações em duas leis de regulação de atividades empresariais, exigidas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), assim como a anulação reivindicada pelos poupadores de uma taxa de indexação de créditos.

Em contrapartida, os analistas consideram que Duhalde praticamente carece de margem para evitar um chamado antecipado às eleições, segundo publicou hoje o jornal Página 12.

Enrique Zuleta Puceiro, do Ibope, assinalou que 'o desenlace será rápido e Duhalde deverá convocar as eleições nos próximos meses" porque "está atemorizado pela situação econômica".

Seu colega Eduardo Fidanza, de Catterberg e Associados, sustentou que "se em dez dias (Duhalde) não resolver as questões mais urgentes, não terá outra alternativa senão ir às urnas".




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