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Aplicativo aproxima e informa pacientes com câncer
Caroline Garcia
Do Diário OnLine
24/11/2016 | 14:42
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Divulgação


Ao longo de todo este ano, 600 mil brasileiros devem ter algum tipo de câncer. De acordo com o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o aumento da expectativa de vida, urbanização e globalização explicam tais números.
O tratamento, seja qual for o tipo de terapia escolhida, é imprescindível. Mas outros fatores que podem ser considerados supérfluos para quem está de fora são bastante significativos para quem está se tratando.

“A gente realmente acredita que a conexão entre as pessoas é fundamental nessa etapa. O paciente geralmente conversa só com dois tipos de pessoas: médicos e familiares ou amigos. Nada melhor do que falar com pessoas que passam ou passaram pelo mesmo problema. O ‘olho no olho’ de verdade é só por quem já viveu aquilo. É o que vai dar forças para o paciente acreditar no tratamento e seguir se curando até ser um vencedor”, diz Gustavo Silva, um dos criadores do Kimeo, aplicativo gratuito que funciona como uma mistura de rede social e curadoria de conteúdo sobre câncer.

A ferramenta é nova, foi lançada em setembro deste ano, e é baseada em três pilares. “Conectar pessoas que estão ou estiveram na mesma situação, ser curadoria de conteúdo confiável sobre a doença – a meta é se tornar uma biblioteca virtual referência sobre câncer no Brasil – e ajudar no dia a dia com alarme de medicamento, geolocalização de clínicas, hospitais e diário de sintomas físicos e emocionais.”

Para disseminar conteúdo foram criadas parcerias com a Abrale (Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia) e Instituto Vencer o Câncer, do Dr. Drauzio Varela. “Todas as informações são produzidas por especialistas gabaritados no assunto.”

O fato de o aplicativo ter materiais informativos partiu de uma necessidade que Silva encontrou dentro da própria casa. “Minha avó teve câncer de pulmão que era metástase de um câncer de mama que ela teve há 8 anos. Conversando com ela, descobri que naquela época o médico não lhe deu tanta informação. Ela tirou a mama, colocou a prótese e acreditou que estivesse curada. Mas não é bem assim, tem que se preocupar mais com a alimentação, voltar periodicamente ao médico para consultas e tomar outros cuidados. Coisas que ela não fez por não ter tal tipo de informação e que gerou uma complicação mais lá para frente.”

A rede social funciona somente em celulares e não em computadores. “Para o pessoal de baixa renda, é muito mais fácil ter um smartphone do que um computador. E nossa proposta é ser o mais acessível possível, ser um verdadeiro companheiro virtual e estar à mão a qualquer hora”, explica o criador.

A meta do Kimeo é alcançar 150 mil downloads por ano e se tornar a maior plataforma oncológica do País.




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