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Policiais de blitz no Rio que teve juiz e crianças baleados são afastados
Do Diário OnLine
Com AE
04/10/2010 | 08:26
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Os seis policiais civis que participaram da blitz que terminou com um juiz e duas crianças baleadas na noite de sábado, na Zona Oeste do Rio, foram afastados de suas funções e correm o risco de serem exonerados. A informação foi divulgada nesta segunda-feira pelo Chefe de Polícia Civil, Allan Turnowski.

De acordo com Turnowski, eles permanecerão fazendo serviços internos em delegacias até que as investigações sobre o caso sejam encerradas. Familiares do juiz já prestaram depoimento e uma testemunha será ouvida hoje. A reconstituição do crime, que ainda não tem data definida, também deve auxiliar na elucidação do caso.

Os agentes sustentam a versão de que atiraram na direção de um Honda Civic preto, que tentava fugir da blitz. Segundo eles, os tiros que atingiram o Kia Cerato do juiz partiram dos ocupantes do Honda Civic. Uma testemunha, contudo, diz que os policiais dispararam contra o carro do magistrado. Um policial, no entanto, admitiu ter revidado, atirando no direção do Civic.

O caso - O juiz trabalhista Marcelo Alexandrino da Costa Santos, 39 anos, seguia com a mulher, Sanny Lucas, a enteada, Natália, 8, e o filho, Diego, 11, para uma festa quando viu uma blitz da Polícia Civil na autoestrada Grajaú-Jacarepaguá.

Segundo informações da própria polícia, o magistrado tentou retornar o carro porque teria achado que seria uma falsa blitz, feita por criminosos. Momentos depois, o carro foi atingido por tiros de fuzil.

Mesmo baleado, ele conseguiu dirigir até o Hospital Cardoso Fontes, logo no fim da autoestrada, em Jacarepaguá, e os feridos foram atendidos.

O garoto teve o pulmão e o fígado perfurados e está internado em estado grave. A menina foi atingida no tórax e teve uma hemorragia. Os dois estão no CTI (Centro de Tratamento Intensivo) da unidade e respiram com a ajuda de aparelhos.

O juiz foi atingido no tórax, operado e transferido para Hospital Pasteur, no Méier (zona norte) com a saúde estável. Ele deixou a CTI na tarde de hoje e passou a ocupar um quarto particular. Segundo nota divulgada pelo hospital, o juiz sofreu "contusão pulmonar e fratura de costela", decorrente de dois ferimentos causados pelos tiros.

De acordo com a equipe médica do Pasteur, o paciente está "lúcido, estável, colaborativo, respira espontaneamente (sem aparelhos) e está reagindo bem ao tratamento".




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