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Social do Diário: Projetos incentivam igualdade
Juliana Bontorim
20/11/2016 | 11:14
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STEFANIE STERCI

Especial para o Diário

stefaniesterci@dgabc.com.br

Hoje (20) é comemorado nacionalmente o Dia da Consciência Negra. Desde 2003, a data estipulada faz homenagem a morte de um dos últimos líderes do Quilombo de Palmares, Zumbi, e soa como grito de reflexão para a inserção de todos na comunidade brasileira,  o que, na verdade, deve ser discutido todos os dias. A coluna social foi em busca de exemplos de pessoas que fazem a diferença na sociedade com o simples gesto de fomentar e valorizar sua própria raiz. No Grande ABC, há representatividade por associações que lutam por seus ideais. Negra Sim –Movimento de Mulheres Negras de Santo André é uma delas. Representando iniciativa fundada em 1995, demonstra orgulho e força contra racismo, machismo e sexismo. “Temos diversas histórias e experiências de vários segmentos, com muitos dilemas e conquistas, somando objetivos, como o empoderamento e o protagonismo na atualidade”, conta a coordenadora de projetos da entidade, Pepê Silva. Entre as iniciativas, está a Parada Criola –Conhecimento e Empreendedorismo Social, com enfoque na formação e visibilidade, além do incentivo de novas possibilidades de ações relacionadas ao ato de ter o próprio negócio. Na programação, ainda integram crianças das comunidades Centreville e Jardim Santa Cristina para receberem oficinas de contações de histórias africanas.

TALENTO

Aos 38 anos, a moradora de Santo André Sheyla Fherr dedica todo o talento e a formação que possui com artes visuais e plásticas para a realização da Oficina Bookar. De escola em escola, a ilustradora e artista leva em sua mala, além da porção de bonecas e livros, a criatividade. “Falo com os pequenos sobre o racismo, identidade, sobre o cabelo deles e levo muitas brincadeiras focadas em história”, explica. Já em Diadema, há dois anos, a profissional das telas reúne mulheres que integram o Coletivo Dia de Negra, com debates e palestras para o resgate de valores.

INCLUSÃO

Na representatividade da lei, o advogado na área cível e comercial Helton Fesan é presidente da comissão da igualdade da OAB andreense, além de escritor de literatura afro brasileira com contos e poemas em coletâneas. Em um olhar para o passado, Fesan destaca que são inadmissíveis abusos e posturas racistas ou discriminatórias que eram tão comuns até a década de 1990. “A questão racial no Brasil teve avanço social, principalmente pelo acesso à informação por conta da tecnologia”, salienta Helton, que valoriza a representatividade diversificada na mídia e nos produtos de consumo em geral.




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