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Tenor italiano Alessandro Safina encanta brasileiras
Gislaine Gutierre
Do Diário do Grande ABC
09/06/2001 | 15:40
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A passagem do cantor italiano Alessandro Safina por São Paulo, no início desta semana, desencadeou uma onda de suspiros entre as mulheres. Bonito, charmoso, 1,80 m de altura, 35 anos e solteiríssimo, ele veio para divulgar seu primeiro disco, Insieme a Te (Universal, R$ 25 em média). O trabalho revela uma guinada na carreira de Safina, que até então só atuava como cantor lírico.

Safina vive esse momento quase como um menino. Esbanja simpatia, sorrisos e faz cara de surpreso quando alguém lhe diz algo sobre sua beleza ou quando as fãs o assediam.

Também pudera. Há pouco menos de dois anos, o tenor da música lírica viu sua vida e sua carreira tomarem um rumo inesperado. “Tudo começou completamente por acaso. Encontrei o Romano Mussumarra (produtor), conversamos e começamos a trabalhar”, revela o cantor, em entrevista exclusiva ao Diário.

Eles gravaram uma primeira música, La Sete di Vivere, e enviaram à gravadora, que gostou e pediu mais duas. “Depois quiseram um disco inteiro”, diz. O trabalho exigiu um ano e meio de preparação e Safina conta que achou tudo muito divertido, pois gravação em estúdio ainda era novidade. Dificuldade maior mesmo foi dosar sua potente voz no microfone: “Ainda estou aprendendo a lidar com ele, mas é difícil”.

Por outro lado, o italiano não vê problemas em viver a metamorfose que o transforma de cantor lírico a astro pop: “Continuo sendo eu mesmo. Não sou o Ricky Martin, não preciso mudar nada”. Mas Safina parece não ter idéia do que é tentar conter o assédio das fãs: “Na Holanda algumas chegaram mais perto, queriam me tocar. Não sou um garotinho, sei manter a distância e acho que elas me respeitam muito”.

No terreno musical, porém, Safina é bastante seguro. Começou a cantar ainda criança, acompanhando a mãe. Interessado pela história das óperas, logo aprendeu a cantar Aída e Il Trovatore. Confirmada a vocação, foi atrás das oportunidades: “Trabalhei em bar, fui policial por quatro anos e fiz comerciais, sempre para ganhar dinheiro e prosseguir na música”.

Hoje, tem em seu currículo mais de 30 óperas e não pretende se distanciar tão cedo desse universo. Em julho, encenará uma ópera de Verdi em Trieste, na Itália (em homenagem ao centenário de morte do compositor), e, no ano que vem, terá uma outra apresentação em Roma.

Ao Brasil, talvez só volte em setembro, ou outubro, para shows. Há planos da gravadora para que ele faça um dueto com um importante artista brasileiro, cujo nome é mantido em sigilo. Nem mesmo ele sabe. “Tem de ser alguém com quem eu tenha afinidade”, avisa. Até lá, resta às fãs brasileiras conferir sua bela voz no romântico Insieme a Te, ou então apreciar as comportadas imagens do encarte e da faixa interativa do disco.




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