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Renan é sócio de empresa de comunicação de AL, segundo 'Veja'
Do Diário OnLine
04/08/2007 | 14:10
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Reportagem da revista “Veja” desta semana afirma que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), é sócio oculto de empresas de comunicação em Alagoas. Segundo a revista, Renan teria usado laranjas para comprar a participação societária de duas emissoras de rádio e de um jornal sem comunicar a Receita Federal, a Justiça Eleitoral ou o Congresso Nacional.

Juntas, as duas rádios valeriam R$ 2,5 milhões. De acordo com a revista, o presidente do Senado também foi sócio até 2005 do jornal diário “O Jornal”, segundo mais lido do Estado e concorrente da “Gazeta de Alagoas”, da família Collor, cujo valor é de R$ 3 milhões. A “Veja” afirma ter documentos que comprovam a ligação do peemedebista com as empresas. 

Interesse – De acordo com a reportagem, a compra do “O Jornal” foi realizada no fim de 1998, momento em que Renan pretendia concorrer ao governo de Alagoas. À época, o jornal era propriedade do empresário Nazário Pimentel, que, segundo a “Veja”, admitiu ter feito negócio com o presidente do Senado.

Para consolidar a compra, Rena propôs sociedade ao usineiro João Lyra, ex-sogro de Pedro Collor. Segundo a revista, cada um entrou com R$ 1,3 milhão e, como o senador não tinha todo o dinheiro de sua parte, Lyra lhe emprestou R$ 700 mil, valor pago em parcelas mensais ao longo de 1999.

Renan e Lyra criaram a empresa JR Radiofusão, com o registro oficial feito em nome dos laranjas Carlos Ricardo Santa Ritta, funcionário do gabinete do senador, e José Carlos Pacheco Paes, representante de Lyra.

Segundo a “Veja”, a sociedade entre Renan e Lyra foi desfeita em 2005 por divergências na administração e a saída do representante do usineiro. Em seu lugar, entrou Tito Uchoa, primo de Renan. Carlos Santa Ritta também transferiu sua participação na sociedade para Renan Calheiros Filho, filho do senador.  

Investigação – Renan já está sendo investigado pelo Conselho de Ética da Casa por supostamente ter utilizado um lobista para pagar despesas pessoais, como pensão alimentícia e aluguel à jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha fora do casamento.  



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