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Petista cita apoio de parte do grupo de Aidan a Grana
Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
21/10/2016 | 07:33
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Nario Barbosa/DGABC


Vereador reeleito de Santo André, Luiz Alberto (PT) relatou, em gravação divulgada nas redes sociais, que parte do grupo do ex-prefeito Aidan Ravin (PSB) integra hoje a campanha governista do prefeito Carlos Grana (PT), neste segundo turno, após a saída do socialista do páreo – ficou em terceiro lugar. Com o resultado desfavorável nas urnas, houve racha, dividindo entre a candidatura de Grana e Paulinho Serra (PSDB). No áudio, o parlamentar cita adesão explícita de aliados e sugere ação velada do ex-prefeito – situação negada por Aidan. “Acabamos de fechar com eles. Aidan não dará apoio declarado, pois tem propósito político lá na frente, mas liberou o grupo para apoiar Grana 13.”

Na fala, Luiz Alberto frisou que entregaria 50 bandeiras, 200 adesivos e 15 mil panfletos, incluindo na remessa a ala recém-ingressa, ligada ao ex-prefeito. “São pessoas que se sentiram traídas pelo 45 (do PSDB) e não querem ver o 45 lá (no comando do Paço) de jeito nenhum”, pontuou. “Isso não tem mistério. Dá impressão que existe escândalo. Um grupo entrou em contato falando que queria participar da campanha (do PT), como voluntários, sem citar cargos, nada. Todo apoio é bem-vindo. Os motivos que levaram a isso eu não sei, não pedi detalhes, não pensei muito e disse: ‘Venham’. Mas em nenhum momento envolveu diretamente o Aidan”, disse Luiz Alberto, confirmando o áudio.

Parcela significativa do PSB está inserida na campanha de Paulinho, a exemplo dos vereadores Almir Cicote e Sargento Juliano, do presidente da executiva municipal, Donay Neto, e Edson Salvo Melo, ex-secretário da gestão Aidan, além da cúpula paulista, liderada pelo vice-governador Márcio França.

O ex-prefeito sustentou ontem postura de neutralidade no processo, rechaçando suporte oculto e ressaltou ficar isento. “Não vou apoiar o PT, porque não sou petista, só que não posso forçar o grupo, que tem direito. Mas como apoiaria alguém que não quer (meu apoio)? Algumas pessoas estão (com o PT)por não convergirem com certas atitudes. Se não concordam com o projeto do Aidan, como as pessoas (ligadas) podem se interessar? As pessoas fariam parte do projeto”, alegou Aidan, referindo-se ao tucano.

Colocando-se como novo no cenário majoritário, Paulinho evitou a adesão de Aidan – bem como do prefeiturável Raimundo Salles (PPS) – ao dizer que, embora respeite o ex-prefeito, os projetos não possuem identidade entre si e que pretendia atrair apenas os seus eleitores na fase derradeira. Antes do início oficial da empreitada, Aidan buscou imprimir discurso antiPT na tentativa de agregar outras forças à sua proposta e chegou a declarar que, caso não fosse para a etapa final, apoiaria nome que estivesse contra o PT.

Um dos coordenadores da campanha petista, Carlos Sanches, o Carlão (PT), amenizou o tom ao afirmar que todo segundo turno há processo natural daqueles que, com projeto derrotado ao Paço, procuram um lado para dar suporte. “Muita gente tem nos procurado, tanto do Salles, Ailton (Lima, SD) e do Aidan. Tudo dentro da normalidade. O pessoal que veio do Aidan, por exemplo, é de comunidade, periferia.” 




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