Economia Titulo Entre 2007 e 2015
Em 8 anos, região ganha 2.085 comércios que criaram emprego
Vinícius Claro
Especial para o Diário
20/10/2016 | 07:05
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Divulgação


A região ganhou 2.085 comércios que geraram emprego entre 2007 e 2015, aumento de 15,5%, somando 15.510 empreendimentos, de acordo com levantamento realizado pela FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) com base em dados da Rais (Relação Anual de Informações Sociais), do Ministério do Trabalho e Emprego. Considerando o total de aberturas de empresas no setor, o número chega a 30.016.

O setor que puxou esse número foi o de lojas de vestuário, tecido e calçados, com 620 novas unidades, seguido por supermercados, com 515.

De acordo com o assessor econômico da FecomercioSP Jaime Vasconcellos, esse crescimento aconteceu até 2011, apresentou estabilidade em 2012, voltou a expandir em 2013 e, a partir daí, registrou manutenção. Segundo o economista, a curva acompanhou o desenvolvimento econômico e potencial de compras das famílias.

Os pequenos empreendimentos, com até dez funcionários, correspondem a 91,5% do total. As empresas com quadro entre 10 e 19 empregados representam 5,3%, as firmas de 20 a 49, 2,3% e, as grandes, com 50 ou mais, 0,9%.

E são justamente os extremos que mais empregam. Os pequenos comércios são responsáveis por 32% dos empregos formais e, os grandes, por 31,8%. Até o fim de 2015 havia 115,7 mil trabalhadores no varejo da região. Vasconcellos destaca a importância que o setor possui para o emprego. “É o segmento que tem maior benefício social na economia, porque, além de gerar receita, gera salários com empregos.”

Para o presidente do Sincomercio ABC (Sindicato do Comércio Varejista do ABC), José Carlos Buchala, 2016 apresenta dificuldades pela queda no consumo. Apesar disso, ele afirma que o pior momento já passou. “O ânimo do consumidor está melhorando. Nós sabemos que a volta ao consumo é lenta, mas paramos de cair, isso que é importante.”

O setor de móveis e decoração foi o que apresentou maior crescimento proporcional no período analisado, com aumento de 49,5%, na esteira do boom imobiliário, que teve seu ápice em 2011. Mesmo assim, o ramo começou a apresentar quedas sucessivas neste ano, devido à brusca queda na demanda.

TEMPORÁRIOS - Buchala estima que o comércio pode contratar de 3.000 a 5.000 temporários para o fim do ano. O número é considerado inferior ao potencial da região, que chegava a admitir 14 mil pessoas. No entanto, ele diz que o resultado é positivo em comparação a 2015. “Ano passado não teve quase nenhuma contratação. Já é uma ascendência, não como costumávamos ver. Para quem não tinha nada, melhorou.”
 




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