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Estivadores de Santos protestam e prosseguem em greve
Do Diário OnLine
01/04/2001 | 19:15
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O Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo (TRT-SP) considerou, no final da tarde desta terça-feira, que a greve dos estivadores do Porto de Santos é abusiva. A determinação é para que os trabalhadores retornem ao trabalho imediatamente.

Também nesta tarde, a Justiça decidiu aumentar a multa por cada dia de paralisação de R$ 50 mil para R$ 200 mil. Desde sexta-feira, os sindicatos são obrigados a pagar R$ 50 mil por cada dia de greve.

O TRT decidiu ainda manter a decisão de que o Órgão Gestor de Mão-de-Obra (Ogmo) deve ser o responsável pela escalação do trabalho, tarefa antes realizada pelo sindicato da categoria. Esta determinação é o motivo principal do protesto.

O sindicato dos estivadores já esperava que esta seria a decisão do TRT, mas disse que não concorda com ela porque não há greve. Para o sindicato, mão-de-obra avulsa não realizada greves, mas sim protestos. Uma nova assembléia da categoria para decidir sobre o prosseguimento ou não da paralisação acontece na noite desta terça-feira.

Cerca de 80% das escalas de navios no porto foram transferidos para outros portos do país. Mas ainda há sete navios parados e outros 30 aguardando para atracar. Calcula-se que os prejuízos com a greve sejam de cerca de R$ 200 milhões.

Tensão — Durante a madrugada desta terça, quatro grevistas arrombaram o armazém A-17 da Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo) e uma bomba foi jogada na oficina elétrica, o que causou o desligamento de um transformador de energia que abastece o cais. Os dois trabalhadores que estavam no local não ficaram feridos. A ação não afetou as operações portuárias. Apenas um estivador foi detido.

Na tarde desta segunda, os estivadores entraram em confronto com a polícia e 60 deles foram presos




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