De acordo com a classificação da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), o calouro Honda City e o veterano Ford Focus são considerados concorrentes diretos, pertencendo ao segmento de sedãs compactos.

Se são poucos os centímetros que os separam dos modelos de três volumes rotulados de médios - como Honda Civic, Toyota Corolla e Chevrolet Vectra, por exemplo -, por outro lado, um dígito a mais os distancia dos líderes de vendas entre os compactos: Peugeot 207 Passion, o primeiro colocado, com 12.239 veículos emplacados de janeiro a agosto, e VW Polo Sedan, com 10.830 unidades.

O City, cujas vendas começaram no final de julho, já obteve, no entanto, número expressivo, totalizando até o fim do mês passado 2.917 unidades comercializadas, sendo 2.538 em agosto, mês em que o líder vendeu 980 unidades a menos. O Ford, por sua vez, teve 543 carros emplacados.

Colocamos frente a frente o novato da Honda, terceiro modelo da marca a ser produzido em Sumaré (SP), e o argentino da Ford. Um páreo duro, que nos obriga a ter muita atenção a todos os detalhes.

Partindo da proximidade de preços, avaliamos o Focus na versão Ghia, que custa R$ 68.225, e o Honda na versão EX, por R$ 65.450.

O argentino vence por oferecer espaço interno mais generoso, melhor desempenho e sair de fábrica bem mais recheado de equipamentos.

Por apenas R$ 2.775 adicionais, o Focus oferece a mais que o concorrente bancos de couro, teto solar elétrico, partida sem chave, por meio de um botão no console, ar-condicionado de duas zonas, sensor de estacionamento traseiro e faróis de neblina. Ambos contam com air bag duplo, freios ABS com EBD, rodas de liga leve de 16 polegadas, computador de bordo e trio elétrico.

Os dois sedãs oferecem boa dirigibilidade, estabilidade, ergonomia e visibilidade. Quanto ao design, o City tem frente mais ousada, que lembra uma flecha. O Focus agrada por ter linhas atuais.

O desempenho do Ford é superior: são quase 30 cv de potência e 4 mkgf a mais de torque, embora o Ford seja 190 quilos mais pesado. A desvantagem é não ter motor flex.

E para não deixar dúvidas em relação ao resultado, são 9 centímetros a mais de distância entre os eixos e 20 litros extras de capacidade no porta-malas diante do rival. Há ainda um mimo: o comando de voz para o sistema de som, ar-condicionado e celular.