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Segundo a secretaria, de janeiro de 2012 a julho de 2016, as despesas do estádio somaram R$ 26,8 milhões. As receitas no período foram de R$ 15,4 milhões, totalizando R$ 11,3 milhões de déficit. Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo na última terça-feira, dois dias após ser eleito, Doria disse que o Pacaembu representa, a cada quatro anos, R$ 40 milhões de despesa. "É um dinheiro substantivo. O programa de desestatização tem como primeiro fator a redução de despesas. O outro é a geração de receita", afirmou.
Nos últimos cinco anos, a média anual de despesas do Pacaembu foi de R$ 4,8 milhões. Em 2013, o valor subiu para R$ 7,5 milhões por causa de obra na piscina, nos banheiros, vestiários e troca de filtros. Nas contas de João Doria, a média anual de despesas do estádio municipal é de R$ 10 milhões. No ano passado, a gestão de Fernando Haddad (PT) abriu processo de concessão e chegou a receber três propostas para modernização do Pacaembu, mas o projeto não avançou.
A ideia de Doria é que a concessão dure entre 10 ou 15 anos. O tucano defende que o nome do estádio continue Paulo Machado de Carvalho e que não seja trocado pelo de patrocinadores. Ou seja, o "novo Pacaembu" não teria "naming rights". O prefeito eleito pretende que o estádio seja usado apenas para partidas de futebol e não shows ou realização de cultos religiosos de igrejas da cidade.
Apesar de Corinthians, São Paulo e Palmeiras já terem estádios próprios, e do Santos possuir um projeto de construção de arena na Baixada Santista, além da Vila Belmiro, o tucano acredita que não é preciso que um clube administre o Pacaembu e aposta que uma empresa possa assumir o local em 2017.
O número de partidas realizadas no Pacaembu caiu desde a inauguração do Itaquerão (do Corinthians) e do Allianz Parque (do Palmeiras), em 2014. No ano passado, o estádio recebeu apenas 13 jogos - em 2013, foram 73. Esse ano, a quantidade aumentou para 23, incluindo uma partida da seleção brasileira masculina de rúgbi. O Flamengo, após o fechamento do Maracanã por causa dos Jogos Olímpicos, atuará neste domingo, diante do Santa Cruz, pela terceira vez no ano no estádio municipal. Antes, enfrentou Fluminense e Figueirense no local.
Na próxima quinta-feira, São Paulo e Santos se enfrentarão no Pacaembu. O clássico será com torcida única são-paulina, devido a um acordo entre as diretorias dos dois clubes, que definiram no início do Campeonato Brasileiro que os confrontos do primeiro e do segundo turno do Nacional seriam no Paulo Machado de Carvalho.
Procurada pelo jornal O Estado de S.Paulo, a assessoria do prefeito eleito confirmou os números citados por João Doria e afirmou que manterá a ideia de concessionar o estádio qualquer que seja o peso da manutenção para o contribuinte.
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