Rir é o melhor remédio. O típico jargão humorístico migrou para os consultórios médicos e, hoje, sabe-se que uma boa gargalhada pode afastar do organismo diversas doenças.

A neurocientista e fundadora do Instituto da Felicidade, Silvia Helena Cardoso, dissecou as propriedades terapêuticas do riso em um estudo e descobriu que rindo somos capazes de nos defender de inúmeras doenças.

O riso diminui a incidência de problemas do coração, melhora o sistema respiratório e sangüíneo, nos imuniza contra infecções e, principalmente, aumenta nossa produção de hormônios como a endorfina – eficaz combatente da dor, e serotonina –, conhecida como hormônio do humor.

Os músculos do corpo não resistem a uma boa risada. Eles relaxam e aliviam as tensões como se fossem uma massagem. As dores também diminuem, bem como a ansiedade e, por tabela, o estresse.

O certo é que em segundos uma bela gargalhada consegue envolver nosso organismo dos pés à cabeça. Podemos dizer que o riso atua em mais dois níveis além do físico: o mental e o emocional.

A doutora em Medicina e fundadora do primeiro Clube da Gargalhada do Brasil, Ursula Kirchner, explica que o riso ativa o lado direito do cérebro, onde está nossa porção emocional.

“O lado esquerdo é responsável pelo raciocínio. Quando rimos, estimulamos o outro lado. Com isso, aguçamos a criatividade, a autoestima e até nos sociabilizamos melhor e reduzimos a depressão”, diz.

Rir é coisa séria. Tanto é que gargalhar é contra-indicado para quem passou por cirurgia recente, tem pressão alta sem controle, hérnias, colapso uterino entre outros.

Tudo porque o movimento do diafragma e abdomen é muito forte. Pode atingir até a bexiga. Quem não se pegou com as calças quase molhadas depois de um surto de riso?

O riso pode ser o melhor remédio, mas, é claro, não substitui as consultas médicas e os medicamentos receitados por especialistas.

“Eu quebrei cinco ossos, há três anos, depois de uma queda. Demorou quase quatro horas para alguém me atender no hospital. Enquanto ninguém chegava, começei a simular gargalhadas. O cérebro não consegue diferenciar a simulação da verdade. Eu sei que quase não senti dor e minha recuperação foi muito rápida”, conta Ursula.

A neurocientista Silvia Helena diz que a raiva, a depressão e o sentimento de frustração perturbam as funções de nossos sistemas fisiológicos.

Saiba mais em www.institutodafelicidade.org.br e www.clubedagargalhada.com.br.

VOCÊ SABIA...

Na pressa, muita gente deixa de escovar os dentes depois das refeições e masca um chiclete para substituir a limpeza bucal.

Mas será que a goma de mascar limpa mesmo os dentes? Bem, não exatamente. O que o chiclete faz de bom é estimular a salivação e a saliva ajuda a remover partículas de alimentos dos dentes.

A saliva também contribui para neutralizar o ácido produzido pelas bactérias bucais.

A salivação produzida quando mascamos chiclete também traz minerais e flúor para a superfície dos dentes, ajudando a prevenir a perda de mineral, o que também pode beneficiar a cura de lesões iniciais de cárie.

O ortodontista Leandro de Moura Leite Naves, do Cepo (Centro Poli Odontológico), alerta para os perigos de substituir a escovação pelos chicletes.

“A partir de 12 horas sem escovação, a placa bacteriana fica mais aderida aos dentes e mais dificil de remover”, explica o ortodontista. “O que limpa os dentes é a ação mecânica da escova com a ajuda do creme dental”, completa Naves.

Outro malefício do chiclete é a dor muscular causada na face por conta da contínua mastigação.

Mascar com o estômogo vazio pode levar à gastrite ou agravar a doença em quem já sofre do mal.

Quem sofre com refluxos também deve evitar as gomas. Os ácidos gástricos podem retornar à boca e causar erosão nos dentes.

“Por conta da pressa eu tinha esse costume de mascar muito chiclete para limpar a boca”, conta a estudante Aline Ferreira. “Comecei a sentir dores no estômago e descobri que era por causa do chiclete”, conta.