A pesquisa – a primeira do gênero no mundo – envolveu 14 homens da mesma idade, sendo sete sommeliers e sete leigos em matéria de vinho. Usando uma Ressonância Magnética Funcional (FMRI), os cientistas constataram que os dois hemisférios do cérebro dos sommeliers eram utilizados durante a degustação do vinho. Nos leigos, apenas o hemisfério direito era ativado.

"Realizamos esta pesquisa com base em critérios estritos aplicados aos dois grupos. O vinho devia, assim, ser mantido durante sete segundos na boca antes de ser engolido, para procurar analisar as reações no interior mais profundo do cérebro", explicou a física Gisela Hagberg, uma das cientistas que participaram do estudo, realizado no Instituto Santa Lucia.

Segundo os cientistas, os conhecimentos intelectuais dos sommeliers lhes permitem apreciar mais o vinho que o restante das pessoas. "A pesquisa nos confirma que o cérebro pode ser 'dirigido' e pode desenvolver algumas qualidades", afirmou Luigi Amadio, diretor do laboratório científico do Instituto Santa Lucia.