Os comerciantes da região central de Diadema estão preocupados com o impacto em seus negócios provocados pelo Shopping Praça da Moça, inaugurado ontem. Cerca de 15 proprietários de lojas uniram-se para formar a UCD (União dos Comerciantes de Diadema), a fim de unificar queixas e solicitar apoio da Prefeitura do município.

"Não temos medo da concorrência, até porque o público que frequenta as lojas de rua é diferente do que frequenta shoppings. Queremos apoio", destacou Alberto Tossunian, porta-voz da UCD.

Segundo ele, o centro comercial da cidade está carente e necessita de reformas urgentes. "Falta limpeza, policiamento, fiscalização dos ambulantes e as calçadas precisam de reparos - apesar de terem sido trocadas há cerca de um ano", queixou-se o comerciante.

Para dar apoio aos lojistas dos bairros Eldorado, Piraporinha e Centro, a prefeitura da cidade está em fase de implantação de um programa de capacitação aos comerciantes.

"Em parceria com o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e a ACE (Associação Comercial e Empresarial) de Diadema, estudamos formas de capacitar os comerciantes, afinal, com a chegada do shopping os consumidores ficarão mais exigentes", explicou Edgar Pereira Cezar, diretor de articulação e desenvolvimento empresarial de Diadema.

Segundo a UCD, os comerciantes já estão capacitados para dar conta do aumento na exigência. "Faltam medidas efetivas, investimentos em questões físicas. Temos certeza de que daremos conta da concorrência, mas assim como o shopping teve apoio da Prefeitura, queremos atenção do município e investimentos no comércio de rua", afirmou Tossunian.

TRÂNSITO
Para o porta-voz da UCD, um dos principais pontos que pode atrapalhar as vendas do comércio de rua é o trânsito na cidade. "Tudo ficou muito confuso com a instalação do shopping, muitas ruas tiveram as rotas alteradas e temos medo que haja dificuldade no acesso à região central", destacou.

O Shopping Praça da Moça investiu R$ 1 milhão em reformas viárias no entorno do empreendimento.