Confiança é tudo no futebol. Ficou mais uma vez comprovado ontem. Só assim para explicar como o Grêmio, em queda livre no Brasileirão, conseguiu neutralizar com facilidade o Palmeiras, que lidera o torneio. É porque na Copa do Brasil tudo recomeça a cada fase e o passado pouco importa. Os gremistas aproveitaram a atmosfera da arena, em Porto Alegre, e abriram vantagem na luta por vaga na semifinal ao vencer por 2 a 1.

O Verdão, pelo menos, pôde comemorar o gol marcado no campo inimigo, que dá a vantagem de se classificar com vitória por 1 a 0 na volta, dia 19, no Allianz Parque. Qualquer empate favorece os gaúchos.

Virou rotina. O jogo ficou em segundo plano e o árbitro Claudio Francisco Silva, do Sergipe, virou protagonista. Uma pena. Despreparado, não conseguiu controlar o duelo, deixou evidente a falta de convicção nas marcações e perdeu o controle, sendo pressionado a todo instante.

Candidato a estrela tinha de monte. Renato Gaúcho foi um deles. O técnico, que vem dando sobrevida ao Grêmio, arriscou ao escalar o contestado Ramiro no meio e o jogador correspondeu. Bastou um golaço, de primeira, por cobertura, para a torcida esquecer as péssimas partidas que vinha fazendo. A confiança estava de volta.

No Palmeiras era difícil de achar alguém que merecesse destaque. Ex-Grêmio, Dudu era um dos mais esforçados, mas ficou nisso. Moisés, igualmente voluntarioso, tentava dar consistência ao meio, mas o espaçamento entre os setores e a quantidade de passes errados deixavam o Verdão irreconhecível.

Está certo que o segundo gol, de Pedro Rocha, aproveitando rebote de bola na trave de Geromel, deveria ter sido anulado por impedimento do zagueiro no lance. Mas, pelo menos, fez justiça ao que se via em campo.

Apagado, Gabriel Jesus ainda conseguiu cavar pênalti, no início do segundo tempo, que revoltou os gremistas. Zé Roberto mandou para dentro e diminuiu o prejuízo. Derrota, mas para palmeirense comemorar.