Ela disse que a ação, que começou com tanta credibilidade na sociedade brasileira, corre o risco agora de se transformar em uma operação "absolutamente partidarizada" e "politizada". Para sustentar a sua crítica, a petista citou o que considerou "show" na apresentação da denúncia do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a prisão do ex-ministro Guido Mantega que estava no hospital acompanhando a mulher numa cirurgia e o fato de o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, ter antecipado que haveria nova fase da Lava Jato esta semana - ontem foi preso o ex-ministro Antonio Palocci, também alvo de queixas do discurso dela.
"Essa Operação Lava Jato está começando a sair bastante dos trilhos, já não estava muito nos trilhos, agora está completamente fora", criticou, em pronunciamento no Senado. Para ela, o objetivo ficará "viciado" se a operação continuar agindo desta forma. Ontem à tarde, Gleisi disse laconicamente que esperava que o julgamento da denúncia contra ela ocorresse "dentro da lei e da juridicidade".
Gleisi e seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo, são investigados desde março de 2015 sob a suspeita de terem recebido R$ 1 milhão de propina de contratos firmados entre empreiteiras e a Petrobras. As investigações apontam que o dinheiro foi usado para custear parte da campanha eleitoral da petista em 2010. Eles negam a acusação.
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