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Doenças infecciosas: enchente favorece proliferação
Maíra Sanches
Do Diário do Grande ABC
07/12/2010 | 07:11
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Fernando Nonato/DGABC


Os temporais não prejudicam apenas o trânsito ou a segurança das famílias que vivem nos morros, mas afetam também a saúde. Para evitar que o contágio de doenças aumente nesta época do ano, a Secretaria de Estado da Saúde faz alerta à população para que os cuidados sejam seguidos, especialmente por quem mora em áreas de risco e está mais suscetível às transmissões.

"Sabemos que a situação é estressante e muitas vezes é inevitável o contato com a água. Mas é importante evitar o máximo possível. Alimentos e medicamentos não podem ser reaproveitados e devem ser jogados fora. E os utensílios domésticos precisam ser desinfetados com água sanitária", explicou o diretor de Meio Ambiente do Centro de Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo, Sérgio Valentim.

As complicações causadas pelo contato com a água ou lama contaminadas podem favorecer o surgimento de graves doenças, que podem levar à morte se não cuidadas em tempo. A leptospirose, doença contagiosa contraída através da urina do rato, e a hepatite A, transmitida por água contaminada com fezes, são algumas das doenças que podem afetar crianças e adultos.

"Outras infecções passíveis de serem adquiridas são as intestinais, como salmonela, bactéria que causa infecção e transmite doença através de alimentos contaminados e ingestão de água poluída", explicou o Dr. Hélio Vasconcellos Lopes, professor responsável pela disciplina de Infectologia da Faculdade de Medicina do ABC.

 

CRIANÇAS

É comum ver crianças que têm o hábito de transformar um cenário trágico em parque de diversões, com improvisação de botes e mergulhos alternados. Desta forma, ficam expostas às contaminações e podem ser arrastadas por novas enxurradas. Para o especialista, os pais exercem papel fundamental na orientação dos filhos. "As crianças são promíscuas. Não têm orientação de higiene que os adultos têm, por isso são mais propensas ao contágio", afirmou o médico.

A Secretaria de Estado da Saúde também recomenda a saída imediata do imóvel já no primeiro indício de alagamento. Para ajudar a prevenir o contágio com as bactérias, o uso de luvas, botas de borracha e sacos plásticos também dificulta o acesso às bactérias e vírus que circulam durante as cheias de verão.




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