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FHC cobra mais lealdade da base aliada no Congresso
Das Agências
12/07/2001 | 23:40
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O presidente Fernando Henrique aproveitou a comemoração de sete anos do Plano Real, realizada quinta no Centro Cultural do Banco do Brasil em Brasília para pressionar sua base aliada, criticar a oposição e incentivar sua equipe de governo durante um longo discurso. “Eu quero o governo trabalhando com energia até o final desse governo”, disse Fernando Henrique.

O presidente mandou um recado para sua base aliada no Congresso. Segundo FHC, não há como aceitar mais que a base aliada fique “para lá ou para cá”. “Ou é base ou não é base, o Brasil precisa de decisões claras”, afirmou. Apesar do recado, o presidente lembrou que pouquíssimas vezes perdeu votações importantes no Congresso. “A base também é nervosa, mas quando se defronta com questões públicas ela age junto”, disse. “Ô base acabada é esta, hem!”, afirmou ainda.

Referindo-se aos ataques da oposição, Fernando Henrique criticou aqueles que, segundo ele, “ficam dizendo bobagens”. “É preciso que, nas críticas, as pessoas tenham mais discernimento e coragem e não digam bobagens”, acrescentou. O governo, na opinião do presidente, também tem de ter mais coragem para dizer o que é o Brasil e não ficar intimidado com essas “bobagens”.

Reformas – FHC voltou a citar quinta a necessidade de uma pauta para o Congresso, durante o período que ainda resta de governo. O presidente defendeu a reforma política, afirmando que as instituições políticas brasileiras não atendem mais às exigências da sociedade. Segundo ele, o eleitor quer partidos políticos mais coesos e o mecanismo da fidelidade partidária. “O eleitor não quer este negócio de votar em um e eleger o outro”, afirmou. O presidente defendeu ainda a reforma do Judiciário para acelerar a tramitação dos processos. Fernando Henrique reclamou do fato de o Congresso não ter aprovado até hoje o projeto que tornam federais os crimes contra os direitos humanos.

Salvador – O presidente também afirmou que não governa o Brasil com fins pessoais e nem como “salvador da Pátria”. “Não escondemos as coisas que precisam ser feitas, nem aquelas que não foram feitas, ou aquelas que foram malfeitas”, disse. Ele destacou também a reforma institucional que faz no governo.




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