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Zé Augusto cogita lançar mulher ao Paço de Diadema
Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande ABC
16/01/2011 | 07:30
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A ex-vereadora Maridete Maria Aparecida e mulher do deputado estadual José Augusto da Silva Ramos (PSDB) não descarta possibilidade de o casal inverter os papeis: ela seria candidata a prefeita e ele a vereador em 2012. A informação surgiu nos bastidores da cidade por conta de problemas judiciais que Zé Augusto enfrenta.

"Qualquer pessoa pode ser candidata a prefeito, porque ainda não tem definição de candidaturas. Eu sou cidadã, eleitora dessa cidade e posso ser candidata. Mas o ano de 2011 mal está começando, então, não dá para definir isso ainda. É muita fumaça. Estamos em momento de águas e não de fogo", pontuou a ex-vereadora.

O problema judicial se aplica também a Maridete. O casal foi apenado (penalizado) pela administração pública, confirmados em lista divulgada nesta semana pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado), por conta de participação em concurso público à época em que o tucano era prefeito da cidade e ela secretária de Governo. Os dois foram classificados em processo de seleção para profissionais de Saúde elaborado pelo próprio Zé Augusto. Quando deixou o cargo, o tucano foi denunciado na Justiça pelo sucessor e atual vice-prefeito Gilson Menezes (PSB). O processo corre no Supremo Tribunal de Justiça e antes foi confirmado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. "Isso está tramitando, ainda não há definição", declarou Maridete.

Mesmo com o PSDB rachado entre o vereador Lauro Michels, que também planeja ser candidato à Prefeitura, e Zé Augusto, a ex-vereadora afirma que o "grupo político" do casal está unido. "Nós somos do PSDB, partido forte, com militantes e simpatizantes. Ainda somos uma das forças políticas da cidade", comentou. O vereador José Francisco Dourado é o único que se mantém ao lado do deputado.

O racha tucano veio a público nas eleições do ano passado. Michels e Márcio Giudicio Pascoal, o Márcio da Farmácia, apoiaram a candidatura vitoriosa do deputado estadual Orlando Morando (PSDB), fato que foi considerado fundamental para a derrota de Zé Augusto. Desde então, troca de acusações e desentendimentos se tornaram frequentes.

Por conta da divergência e do domínio de Zé Augusto no PSDB (ele também preside o diretório municipal), Michels tem última cartada para amolecer Zé Augusto: pedir apoio do governador Geraldo Alckmin e do secretário de Habitação e presidente da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), Silvio Torres, na tentiva de candidatura. Caso contrário trocará de partido. PTB e PMDB são as siglas cotadas para acolherem o tucano. No entanto, o segundo oficializou convite de filiação.




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