Carrazai segue as orientações do PFL, que na última semana determinou que funcionários de primeiro e segundo escalão deveriam deixar seus postos, em retaliação à busca promovida pela Polícia Federal no escritório da empresa Lunus, de propriedade da candidata do partido, Roseana Sarney.
Carrazai, que não filiado ao PFL, afirmou que segue a orientação do vice-presidente da república, Marco Maciel, o qual o indicou para o cargo, mas se disse honrado com as manifestações de apreço que recebeu desde o início da crise entre o PFL e o PSBD.
Com o pedido de demissão de Carazzai, resta apenas um indicado do PFL ocupando cargo de confiança no governo de Fernando Henrique Cardoso: o secretário da Receita Federal, Everardo Maciel.
Confira a íntegra da carta de demissão de Carazzai:
"Encaminho hoje ao ministro da Fazenda, Pedro Malan, pedido de demissão da presidência da Caixa Econômica Federal.
Recebi do vice-presidente Marco Maciel apelo pessoal neste sentido. Tenho pelo vice-presidente enorme respeito e antiga amizade. Por lealdade, revejo minha decisão de continuar no cargo que ocupei, durante três anos, com espírito público e total dedicação.
Na última quinta-feira, dia 7, o ministro da Fazenda, Pedro Malan, distinguiu-me com convite para permanecer na presidência da Caixa.
Meus sentimentos de admiração genuína, de profunda gratidão e de disciplina pelo apoio e deferência com que sempre me brindou, levaram-me a acatar sua decisão.
Por meio de seu porta-voz, o presidente Fernando Henrique Cardoso reafirmou a confiança em meu nome. A liderança e a orientação do presidente foram essenciais para a gestão da Caixa, resultando em superiores serviços prestados à sociedade brasileira.
Sinto-me honrado por ter feito parte deste governo, e sensibilizado pelas manifestações de reconhecimento e apreço.
Com este gesto, espero contribuir para a harmonia política e para o engrandecimento do país."
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