A CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) não esclareceu o motivo de os investimentos no Expresso ABC em 2009 terem sido cortados pela metade, conforme divulgado ontem pelo Diário.

Em junho, mês em que a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) foi aprovada, o governo estadual sinalizava a intenção de concluir 28% da obra até o final de 2009.

Contudo, no projeto orçamentário do Estado para 2009, recém enviado à Assembléia Legislativa, o número baixou para 12%.

A porcentagem equivale a um investimento de R$ 38,2 milhões tanto no serviço de trens expressos quanto na modernização da linha de trens urbanos que corta a região.

A CPTM informou que o valor previsto na proposta orçamentária é suficiente para a viabilização do Expresso ABC, cujo início das obras é prometido para o ano que vem.

Ainda de acordo com a companhia, o projeto está caminhando dentro do prazo previsto. Contudo, até mesmo o governador José Serra (PSDB) voltou atrás na afirmação de que o serviço entraria em funcionamento em 2010, conforme havia anunciado.

A CPTM informou que, dentro do cronograma, o projeto do Expresso ABC está em fase de estudos que já estão contratados.

Esse levantamento indicará o modelo de concessão a ser adotado pelo Estado e a sua participação nos investimentos, incluindo as intervenções de modernização da Linha 10-Turquesa, que liga Rio Grande da Serra à estação Luz, na Capital.

Um dos modelos que pode vir a ser adotado é o de PPP (Parceria Público-Privada).

O Expresso ABC será um metrô de superfície com, no máximo, cinco pontos de parada e que ligará a região com a Capital em 12 minutos frente aos 30 minutos atuais.

Os investimentos na Linha 10 e a implantação do Expresso ABC beneficiarão pelo menos 670 mil usuários por dia.