Segundo dados dessa fundação com sede em Genebra, em 1998 morreram mais de um milhão de pessoas em acidentes de trânsito em todo mundo, 141 mil delas em países industrializados.

O estudo, feito nos últimos meses por uma equipe de especialistas, demonstra que aproximadamente a metade das vítimas foram pedestres atropelados por veículos.

A imprudência de certos motoristas, que dirigem embriagados, ultrapassam a velocidade permitida, fazem ultrapassagens em locais sem visibilidade suficiente e ignoram os sinais de trânsito, são algumas das principais causas dos acidentes nas estradas.

Os pesquisadores também destacam o péssimo estado de algumas estradas e a precária situação dos ônibus, caminhões e automóveis, com problemas em rodas, freios e luzes, como fatores de contribuição para o trágico balanço.

As cifras também incluem dezenas de milhões de pessoas feridas por ano, muitas vezes mutiladas para o resto de suas vidas, em conseqüência dos acidentes de trânsito.

Um dos especialistas que elaboraram o estudo, o professor de Saúde Pública da Universidade de Baltimore (EUA), Adan Hyder, acredita que os acidentes de trânsito representam atualmente a nona causa de mortalidade global e adverte que pode se tornar a terceira em 20 anos, se as medidas preventivas não forem adotadas.

O impacto é especialmente grave nos países em desenvolvimento e nas economias emergentes onde "o custo global dos acidentes nas estradas é de pelo menos 100 bilhões de dólares anuais (...), mais que o dobro do que recebem em ajuda bilateral e multilateral", afirma Hyder.

O estudo foi patrocinado pelo Fórum Global para a Pesquisa sobre a Saúde, junto com a Organização Mundial da Saúde (OMS) com o objetivo de prevenir os acidentes de trânsito no mundo.