Uma pedra de quase dois centímetros no rim. É o que causa a dor constante há dois meses em Ana Carla Quirino, 30 anos, moradora do Jardim Alzira Franco, em Santo André. Esse período também corresponde à demora para conseguir uma cirurgia no Hospital Estadual Mário Covas, em Santo André. Tudo por causa da manutenção da máquina de litotripsia, responsável por emitir raios que fragmentam a pedra, possibilitando a eliminação pelo canal da urina.

Ana conta que seu drama maior começou com a colocação de um cateter que lhe provocou reações, no início de fevereiro. "Comecei a urinar sangue, e a dor era imensa no rim e na bexiga. Voltei dias depois e os médicos disseram que era normal sangrar e machucar um pouco. Agora, não consigo andar nem dez minutos. Será que um hospital daquele porte só tem uma máquina dessa?", indagou Ana, que passou a tomar antidepressivos e calmantes para aliviar a dor e conseguir dormir.

Sua cirurgia, que estava marcada para o dia 17, foi cancelada por conta do atraso na entrega da máquina. Ela reconhece o bom atendimento fornecido pela equipe médica, mas cobra providências em prol de sua saúde. "Nem previsão me passam. Mesmo o hospital não sendo da Prefeitura, acho que nosso prefeito, como médico que é, deveria dar mais atenção aos doentes."

Em nota, a Secretaria Estadual da Saúde esclareceu que o hospital tem, sim, outro aparelho de litotripsia, mas que estava em uso na primeira data marcada para o procedimento. A segunda máquina deve chegar do conserto na próxima semana, e o Estado assegurou que a cirurgia de Ana será realizada no dia 7.