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Audiência sobre rombo do Semasa vira politicagem
Cynthia Tavares
Especial para o Diário
25/03/2011 | 07:27
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A audiência pública que discutiu o rombo de R$ 26 milhões nas contas do Semasa (Serviço de Saneamento Básico de Santo André) e investimentos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) para obras de saneamento não passou de politicagem.

O superintendente do Semasa, Ângelo Pavin, não compareceu à atividade. Lineu Carlos Cunha Matos, diretor de assuntos jurídicos, e Fernando Debeus Costa, gerente de projetos, foram representando Pavin e acabaram bombardeados pelos vereadores. Nos bastidores, técnicos do órgão reclamaram da postura de alguns parlamentares da sustentação que não defenderam o diretor e o gerente durante a audiência.

O momento mais tenso da atividade foi quando o vereador Tiago Nogueira (PT) perguntou a Matos se o impasse nas verbas - apontado pela autarquia como responsável pela paralisação das obras -, era de cunho político. "Acredito que essa questão de ter veto político ou não, vossa Excelência tem mais capacidade de responder. Estou aqui na qualidade de técnico", retrucou.

O discurso dos representantes do Semasa é o mesmo apresentado por Pavin, quando foi convocado à Câmara para prestar contas do deficit orçamentário no mês passado. "Até o fim de 2010 recebemos um valor de R$ 9 milhões, sendo que essas obras estão orçadas em R$ 34 milhões", considerou Matos.

Por sua vez, o Ministério das Cidades afirmou que os aportes são liberados por eles, mas o repasse é de responsabilidade da Caixa Econômica Federal. "Só existe repasse quando têm obras. Há obras que não recebem porque não têm documentação necessária e só vão receber o dinheiro quando mandar", enfatizou Márcio Galvão, diretor de Águas e Esgotos do governo federal.

 

Principais dúvidas dos parlamentares ficaram sem explicação

 

O líder do governo na Câmara de Santo André, Donizeti Pereira (PV), declarou que "a atmosfera política" não colaborou para audiência pública esclarecer as principais dúvidas dos parlamentares em relação ao deficit orçamentário de R$ 26 milhões nas contas do Semasa (Serviço de Saneamento Básico de Santo André).

"Não sei se a audiência foi tão esclarecedora assim, acho que ela deixou mais dúvidas do que respostas, mas sempre tem uma serventia", afirmou o verde. O superintendente da autarquia, Ângelo Pavin, enviou dois representantes - Lineu Carlos Cunha Matos, diretor de assuntos jurídicos e Fernando Debeus Costa, gerente de projetos - para prestar contas aos parlamentares.

A ausência do comandante incomodou o líder. "Não sei qual é a justificativa dele. Mas o fato de não estar na atividade gera uma pergunta que precisa ser feita (porque Pavin não compareceu na audiência?). Ele deve ter um motivo", amenizou o parlamentar.




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