Num certo sentido, ela é comum e tem consciência disso. "Quer ousar, para não ser considerada ultrapassada por essas pessoas libertárias, mas, no fundo, tudo o que ela quer é o marido de volta. Quando ele enrosca com a garota, ela só consegue pensar nisso: 'Volte para mim, para mim'. Muita gente tem me perguntado se simpatizo com a personagem. Não importa. O que queria é fazê-la convincente para o espectador. Acho que há muitas mulheres como ela. Posando de avançadas, mas no fundo demasiado tradicionais."
Trine já havia feito Festa de Família com o diretor. Foi vista depois em importantes filmes nórdicos, como O Amante da Rainha, de Nicolaj Arcel, e Amor É Tudo o Que Você Precisa e Em Um Mundo Melhor, de Suzanne Bier.
"Gosto de diretores autorais, não importa o gênero. Homens, mulheres. Só espero que escrevam personagens para as mulheres de minha geração, as que posso interpretar, com todas as nossas contradições." Sobre Vinterberg, ela diz - "Thomas tem 47 anos, eu tenho 44. Somos muito próximos, e não apenas pela idade. Veja a obra dele. É de alguém que está querendo refletir sobre o mundo. Olhe o estado do mundo. Mais que nunca, é preciso reflexão."
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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