Apesar de não ter um brasileiro campeão do mundo nem possuir um ídolo de peso como Gustavo Kuerten, o squash é um esporte que assim como o tênis ganha a cada dia mais espaço entre o público nacional. A modalidade, que ficou confinada às academias nas décadas de 80 e 90, invadiu recentementeos centros esportivos, especialmente os do Grande ABC.

Há alguns anos, quatro dos dez maiores clubes da região – Aramaçan, Tênis Clube de São Bernardo e de Santo André, e o Primeiro de Maio – construíram quadras para o squash. No último deles, a diretoria foi pressionada pelos sócios para realizar a obra, em outubro de 2000. “Os associados pediram para que no lugar das quadras de paddle fosse colocado o squash”, disse o coordenador de esportes do Primeiro de Maio, Fabio Zanirato.

Squash – que em inglês significa esmagar – lembra o tênis pelo fato de usar raquetes (menores e mais leves). Neste esporte, dois jogadores rebatem uma bola de borracha contra um paredão. O objetivo é fazer com que o adversário deixe-a bater duas vezes no chão. O esporte é praticado em recinto fechado e conta com paredes laterais, que o jogador pode usar como tabela antes de arremessá-la contra o paredão. A pontuação é igual a antiga do vôlei, em sets de 15 pontos. As potências da modalidade são Inglaterra, Austrália, Paquistão.

Segundo a Federação Brasileira de Squash, o número de campeonatos realizados em 1999 praticamente dobrou em relação a 2000. Um deles, o 2º Dryclean Open, encerra-se hoje no Bar Academia, em Santo André, e conta com aproximadamente 80 atletas. O aumento está ligado aos atrativos que este esporte traz ao praticante. Por ser a modalidade que mais queima calorias no menos tempo, ele vai ao encontro da geração saúde e dos adultos estressados dos escritórios, que querem descarregar a raiva na bolinha de borracha para relaxar. Segundo as mulheres , os movimentos repetitivos e rápidos dentro da quadra modelam pernas e quadris.