``A dívida está afogando a América Latina e nao deve ser paga, já que os juros que nos cobram indicam que já foi paga', disse o bispo.
Monsenhor Jiménez disse que o Celam ``continuará pressionando os países do Grupo dos 7 (G-7, os sete mais industrializados) para ``que reduzam ou perdoem as dívidas dos países latino-americanos'.
``Já no ano passado, na reuniao do G-7 em Colônia (Alemanha), houve uma manifestaçao ecumênica para pressionar os países desenvolvidos neste sentido', destacou o prelado.
Segundo o bispo colombiano, Alemanha, Espanha, França e Itália ``deram ouvidos ao clamor dos latino-americanos e anunciaram reduçoes significativas às dívidas da Bolívia, Honduras e Nicarágua'.
``A dívida bilateral é mais administrável, mas a que realmente se torna insustentável é a multilateral, a que concedem os organismos financeiros, porque nossos países estao se afogando com os juros de usura que nos cobram', insistiu o presidente do Celam.
A dívida externa latino-americana corresponde a 36% do PIB da regiao.
Monsenhor Jiménez indicou que ``a dívida latino-americana também se converteu em uma carga porque tem havido corrupçao em nossos países, mas os emprestadores sabiam a quem estavam emprestando, e isto nao os exime de culpa'.
``Os países ricos deveriam fazer um exame de consciência bem concreto e perdoar a dívida aos pobres, tal como se fez aos europeus na Segunda Guerra Mundial', enfatizou monsenhor Jiménez.
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