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Diadema quer gratificar guardas vips
Elaine Granconato
Do Diário do Grande ABC
19/08/2009 | 07:57
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Os oito guardas civis municipais que fazem a segurança do prefeito de Diadema, Mário Reali (PT) - dois coordenadores de equipe e seis agentes - deverão ser beneficiados com a Gaesm (Gratificação por Atividade Especial de Segurança Municipal) a ser incorporada ao salário mensal dos servidores. O benefício faz parte da reestruturação do plano de cargos e carreira da GCM (Guarda Civil Municipal).

O projeto de lei complementar, de autoria do Executivo, está previsto para ser votado em primeira discussão na Câmara amanhã. Porém, o Sindema (Sindicato dos Funcionários Públicos de Diadema) aponta alguns itens não discutidos com a categoria e falhas que podem provocar o adiamento (veja reportagem ao lado).

Com relação à Gaesm aos chamados vips que fazem a segurança do chefe do Executivo, também conhecida como FD (Função Diferenciada), os valores das gratificações variam entre R$ 824,75 - para os agentes - e R$ 1.024,02 - para os coordenadores. Um deles é o subcomandante da GCM, Emilio D'Angelo Junior.

Apesar de apontar erros no projeto, a presidente do Sindema, Jandyra Uehara Alves, diz ser importante a criação da função diferenciada para os seguranças do prefeito. "A nova lei regulamenta situações irregulares. Aliás, são guardas de carreira que são revezados na segurança quase que anualmente", afirmou.

O que foi contestado por um guarda, que pediu para não ser identificado por temer represálias. "Sou de carreira e nunca fui convidado para integrar os vips. Só entra quem é da panela", reclamou.

Com a gratificação da atividade especial de segurança, nesse caso do Executivo, a Prefeitura regulamenta uma situação que está sendo questionada na Justiça. A administração é acusada de pagar indevidamente horas extras irregulares a 20 integrantes da GCM em 2008, na gestão de José de Filippi Júnior (PT). Suspeita-se que tenham saído dos cofres públicos pelo menos R$ 500 mil, entre 2007 e 2008.

"Há cerca de uns dois meses, o Ministério Público solicitou o inquérito policial. Não sei o motivo, mas ainda não retornou", afirmou Renato Cesar Lopes Biudes, delegado assistente da Seccional de Diadema, que ainda ouve as testemunhas no processo.

Promotores do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) - núcleo ABC -, atualmente com sede em Diadema, instauraram o procedimento de investigação criminal.




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