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Santo André não vai alterar hino
Vanessa Fajardo
Do Diário do Grande ABC
24/11/2009 | 08:06
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A Prefeitura de Santo André afirmou ontem que não vai alterar a partitura do hino de Santo de André, conforme propõe o maestro João de Campos e outros músicos ouvidos pelo Diário.

A administração respondeu, em nota, que quatro maestros foram consultados pela Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer, e informaram que o hino poderia ser "revisto" por existir há muito tempo (desde 1950), mas que a mudança proposta por João de Campos não é necessária. "Por isso arquivamos o processo e, na disponibilidade dos maestros, solicitaremos uma possível revisão."

Segundo especialistas, há erros na métrica do hino: se a melodia fosse cantada seguindo à risca o que está escrito na partitura, seria preciso cortar as últimas sílabas de alguns versos.

A falha foi identificada há pelo menos um ano, quando o maestro João de Campos fez um estudo e tentou chamar atenção das autoridades.

Qualquer alteração no hino tem de ser provocada pela Prefeitura via projeto de lei e passar pela apreciação do Legislativo. A iniciativa tem de vir do Executivo, guardião oficial do hino, e dos famílias dos autores da letra e da música. "A Prefeitura é a responsável pelo patrimônio cultural da cidade, mesmo os não palpáveis, como festas ou costumes", explica o cientista político da UnB (Universidade de Brasília), Leonardo Barreto.

As críticas à partitura, no entanto, não são consenso entre os profissionais da música. Para o professor de Regência da Unesp, Samuel Moraes Kerr, qualquer pessoa com boa formação musical sabe adequar as sílabas em questão.

Vírginia Maria da Fonseca e Castro de Toledo Sandreschi, 60 anos, sobrinha do compositor Luiz Carlos da Fonseca, desconhece a polêmica. "A partitura já passou pelas mãos de grandes maestros e nunca ninguém comentou qualquer tipo de falha."




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