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Daee: Veto de Volpi ainda não é oficial
Cynthia Tavares
Especial para o Diário
11/03/2011 | 07:12
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O veto ao prefeito de Ribeirão Pires, Clóvis Volpi (PV), para assumir a superintendência do Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica) ainda não é oficial. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) não avalizou o nome do comandante da autarquia. Única certeza é que a indicação partirá da executiva estadual do PV. A definição deve sair na segunda-feira, após reunião entre os verdes. "É uma questão partidária. Só concedi meu nome para ser indicado. Nunca corri atrás", pontuou o prefeito.

O ingresso de Volpi no governo tucano esbarra no artigo dez do decreto estadual 52.636. De acordo com o texto, o superintendente da autarquia precisa ser formado em Engenharia. Volpi é professor de Matemática.

A falta do pré-requisito do verde abre caminho para indicação de técnico ligado ao secretário de Recursos Hídricos e Saneamento, Edson Giriboni. A nomeação do prefeito de Ribeirão para o comando do Daee dependeria agora de Alckmin enviar projeto à Assembleia Legislativa modificando o decreto e derrubando a exigência.

Nos bastidores do Palácio dos Bandeirantes circula informação que o governador não gostou da história propagada de que a autarquia serviria de ponte para Volpi disputar a eleição em Mauá, ano que vem.

Apesar de afirmar que os olhos estão voltados para o término do mandato em Ribeirão Pires, atos recentes do chefe do Executivo e de pessoas ligadas a ele sugerem o contrário. Volpi tenta mudar a Lei Orgânica da cidade, de modo que o prefeito possa morar em outro município - a Justiça Eleitoral exige que o candidato resida onde vai disputar pleito pelo menos um ano antes da eleição. Outra manobra que despertou atenção logo que foi anunciada possibilidade de renúncia do verde foi a articulação do vice-prefeito Edinaldo de Menezes, o Dedé (PPS), junto ao Legislativo. Dedé almoçou com o presidente da Câmara, Gerson Constantino (PV), e o teria sondado sobre apoio caso assumisse o Paço. Além disso, o popular-socialista foi a Brasília e se reuniu com a cúpula do partido.

Caso a ida para o Daee naufrague de vez, comenta-se que o ‘plano B' de Volpi seria a renúncia em setembro, prazo máximo para mudança de domicílio eleitoral. "Depende dos acordos políticos que serão realizados", pontuou. "Se der na telha, eu renuncio. Isso é livre arbítrio", concluiu.

Caso deixe o Paço, o verde não demonstrou preocupação com a imagem que passará ao seu eleitorado. "Meus eleitores são conscientes e sabem que se eu fizer alguma coisa será para o bem da cidade", salientou.




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