A campanha para cadastramento de possíveis doadores de medula óssea , realizada ontem, na Paróquia Nossa Senhora do Rosário, na Vila Luzita, em Santo André, atraiu 115 pessoas. Apesar de abaixo dos 200 cadastros esperadOs , o número aumenta a expectativa daqueles que aguardam por um transplante.

O casal Aleksandro da Silva Gomes, 28 anos, e Auricélia Souza Melo, 30, se mobilizou com a situação daqueles que esperam por transplante de medula para sobreviver e se deslocaram da Zona Leste da Capital, onde moram, até a região na manhã de ontem . Casados há três anos, eles revelam a vontade de ter um filho. "A gente pensa que poderia ser um filho nosso precisando", comenta o auxiliar de aumoxarifado.

Outro que não deixou a oportunidade de fazer o bem passar foi o vendedor ambulante aposentado José de Jesus Silva, 54. Ele deixou o carrinho de açaí sendo cuidado por um dos organizadores do evento enquanto foi se cadastrar. "Não me custa nada perder 10 minutos de venda", diz.

Esta é a sexta campanha organizada pela família do dentista Roberto Carvalho, 60, junto à Ameo (Associação da Medula Óssea), para ajudar o neto, o pequeno Gustavo, 1 ano e 6 meses, que necessita do transplante. "Estamos na expectativa pela chegada de uma medula compatível encontrada na Europa", comemora o avô.

Doação - Os interessados precisam ter entre 18 e 54 anos e não podem sofrer de hepatite, câncer ou ser portadores de HIV. É preciso estar munido de RG e CPF, preencher ficha cadastral, participar de orientação e colher 4 ml de sangue, que são enviados ao cadastro nacional de doadores.

Em 2011, o Grande ABC recebeu 15 campanhas para cadastramento de possíveis doadores de medula óssea. Nesse período, foram feitos 4.902 cadastros.