O juiz Sidney Rosa, do 3° Tribunal do Júri, condenou nesta terça-feira a 22 anos de prisão o vigia acusado de assassinar uma empresária em agosto de 2006 no Botafogo (Zona Sul do Rio de Janeiro). Ele foi condenado por maioria de votos. Cabe recurso.

Segundo denúncia do Ministério Público, um mês antes do crime, Juarez de Souza, 30 anos, e Edna Tosta Gadelha Souza teriam discutido por causa de uma vaga no estacionamento. Em agosto, a empresária foi a uma clínica veterinária interessada em alugar o imóvel. Juarez era vigia do local e reconheceu Tosta como a mulher com quem havia brigado. Ele deixou que ela entrasse no estabelecimento e a atingiu com um pedaço de mármore na cabeça.

Em seguida, ele cortou a garganta da empresária e esquartejou seu corpo. De acordo com o Ministério Público, o acusado colocou pedaços do corpo da vítima em sacos diferentes e os jogou em lixeiras do bairro. Um gari encontrou um dos sacos onde estavam as pernas de Tosta, seus documentos e sua bolsa.

Juarez confessou o crime e afirmou que ficou fora de si na hora do assassinato, só se lembrando do acontecido depois. A defensoria pública deve recorrer da decisão, afirmando que é “contrária às provas dos autos”.

O vigia foi condenado por homicídio duplamente qualificado – meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima – e ocultação de cadáver.