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Fila menor na Saúde é
meta de Santo André
Maíra Sanches
Do Diário do Grande ABC
24/01/2011 | 07:37
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A redução da fila de espera nos prontos-socorros de Santo André é uma das prioridades da Prefeitura e parte do planejamento de 2011 da secretaria de Saúde. Os usuários do serviço reclamam que o período de espera por atendimento é longo nos postos de emergência e de pronto atendimento, quase sempre lotados.

A Pasta de Saúde é atualmente administrada pelo secretário Nilson Bonome, que assumiu o cargo há poucos dias. Ao Diário, falou o hoje ex-secretário Arnaldo Pereira, que ocupou o lugar de abril de 2009 até a última semana.

Segundo Pereira, o tempo de espera dos pacientes por atendimento nas emergências da cidade não ultrapassa uma hora. Ainda de acordo com ele, há dois anos, quando Aidan Ravin assumiu a Prefeitura, a demora chegava a até sete horas.

No entanto, não foi exatamente essa situação que o Diário conferiu no início de janeiro no Pronto-Socorro Central. O problema da demora no atendimento é sempre alvo de reclamação.

"Estou com mal-estar, tontura e dores no corpo há três horas, quando cheguei aqui. Às vezes demora até mais que isso, só as crianças que têm atendimento mais rápido", afirmou a doméstica Rosita Pereira, 36 anos, moradora do Centro.

No mesmo banco de espera, Ana Maria de Oliveira, 65, aproveitou a presença do Diário e também fez ponderações. "Uma vez cheguei às 16h e só saí às 3h. Qualquer exame que fazemos é uma demora absurda para ficar pronto. Só no ortopedista que consigo atendimento rápido. Clínico-geral é um problema", reclamou a aposentada, moradora do Camilópolis.

A melhoria na estrutura do atendimento ou qualquer investimento mais relevante quase sempre irá resvalar no antigo problema de falta de verbas. Pereira não fugiu à regra. "O que recebemos do País e do Estado não é suficiente para atender a população de forma digna. Desta forma, o município envolve mais recurso, sendo que das três frentes, é a mais pobre", explicou. Atualmente, do recurso aplicado na Saúde do município, 50% vêm da Prefeitura, 35% do governo federal e 15% do Estado.

O problema da falta de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) nos hospitais de também é uma preocupação. "O custo para manter é elevadíssimo, pois damos um primeiro atendimento e logo é preciso transferir. É uma carência do País", esquivou-se Pereira.

Em 2010, só no Centro Hospitalar Municipal, na Vila Assunção, que comporta nove leitos de UTI infantil e 17 adulto, foram registradas 8.600 internações, 31 mil atendimentos de especialidades e 400 cirurgias por mês.

Orçamento de R$ 372 milhões é recorde em Santo André

A quantia destinada à aplicação de recursos na área da Saúde é 20% maior do que a do ano passado - ou R$ 63 milhões a mais. Isso simboliza a prioridade do governo Aidan, que irá investir na adaptação do Crisa (Centro de Referência do Idoso) e na construção de seis unidades de Saúde: Sítio dos Vianas, Jardim Santo André, Jardim Alzira Franco, Vila Sacadura Cabral, Jardim Sorocaba e Jardim Irene II, além do PA (Pronto-Atendimento) de Paranapiacaba, que funcionará 24 horas. Nas quatro primeiras unidades citadas, 14 novas equipes do Programa Saúde da Família também serão implantadas.

De acordo com o Ministério da Saúde, 16,3% da população andreense é coberta pelo programa, o que significa 110.400 pessoas cadastradas. A meta da administração é ampliar em até 40% a cobertura do PSF e o número de equipes em atividade, que hoje é de 32.

Segundo o ex-secretário de Saúde Arnaldo Pereira, o AME (Ambulatório Médico de Especialidades), aposta do governo Aidan e inaugurado em outubro do ano passado, deverá atender em sua plenitude até junho.

Entre o fim de janeiro e o começo de fevereiro, as áreas de dermatologia, fonoaudiologia, cardiologia e urologia começarão a atender. O AME terá capacidade final para 17 mil atendimentos mensais em 28 especialidades.




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