Entre as configurações mínimas para rodar games no PC, ao lado de bons processadores e cada vez mais memória RAM e espaço no HD, um item necessário em mais de 90% dos bons jogos são as placas gráficas aceleradoras de vídeo 3D. Excetuando-se o Fifa Soccer, da Electronic Arts, e talvez mais alguns poucos títulos, praticamente nenhum game que chega hoje às prateleleiras pode ser jogado em um computador que não esteja equipado com o hardware, que tem a função de dar mais qualidade gráfica e velocidade à ação digital, com arquitetura semelhante à dos videogames. Mas, infelizmente, não são todas as máquinas que chegam ao mercado equipadas com a placa – principalmente devido à sua utilidade restrita – o que faz com que o gamemaníaco seja obrigado a escolher, por fora, sua aceleradora gráfica.

Antes de selecionar a placa, é importante tomar conhecimento de que cada aceleradora gráfica responde a uma padronização chamada Application Programming Interface (API). Esse recurso é importante para o desenvolvimento dos jogos, facilitando a vida de usuários e programadores ao compatibilizar o game com a placa aceleradora. Assim, teoricamente, todos os jogos que forem escritos para as APIs podem rodar em qualquer placa 3D. Entre os tipos dessa padronização, que controla a placa aceleradora 3D e indica quais efeitos devem ser colocados em ação, as principais são Microsoft Direct 3D, Silicon Graphics Open GL e 3Dfx Glide.

Mas, entre os padrões de compatibilidade, o Direct 3D é, disparado, o mais utilizado pelas empresas fabricantes de games, parte integrante das APIs DirectX. Especialistas reclamam do desempenho dos jogos desenvolvidos para rodar nessa padronização, mas a MS costuma colocar no mercado atualizações periódicas a cada semestre.

Menos utilizado e com menor número de falhas – principalmente por ter sido desenvolvido com tecnologia da Silicon Graphics –, o padrão Open GL é usado em estações SGI e também em PCs por sofisticados programas de computação gráfica. Ultimamente, começaram a surgir um número maior de games que atendem a essa padronização, como o Quake 3.

No mercado, principalmente no Brasil, existem poucas empresas que trabalham com placas aceleradoras gráficas de 3D. Entre as que têm preferência de especialistas, são indicadas as marcas Creative Labs e Diamond – esta era distribuída pela SND e recentemente finalizou suas atividades no país. Mas, além delas, algumas outras empresas prometem trazer novidades ao mercado este ano, como a alemã Elsa, que acaba de colocar nas prateleiras uma completa linha de aceleradores.